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Agronegócios
Sábado - 17 de Janeiro de 2015 às 01:14

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Reprodução/Internet

A nova mudança no calendário do vazio sanitário em Mato Grosso – que passa a ser de 1º de junho a 30 de setembro – ainda gera muitas divergências no setor (é a segunda mudança de datas em menos de 2 meses) e pode prejudicar a cultura de soja no Estado, segundo as entidades que vem se posicionando contra este período.

Uma dessas entidades é a Associação dos Produtores de Semente de Mato Grosso (Aprosmat), que acredita que esta data, por permitir o cultivo da safrinha de soja, pode trazer muitos problemas fitossanitários às lavouras estaduais, contribuindo para a perda de eficiência dos principais produtos contra a ferrugem asiática, causando prejuízo à cultura da soja como um todo, diz a associação.

“Não é coerente, enquanto se busca aumentar o nível de tecnologia para aumento da produtividade, permitir que se faça uso da sucessão soja sobre soja inviabilizando esse aumento de produtividade”, divulgou a Aprosmat.

A associação também acredita que este calendário irá prejudicar os cotonicultores do Estado, que costumavam plantar a 1ª safra de soja logo no fim do vazio – 15 de setembro – para encontrarem mais à frente a melhor janela climática para o algodão 2ª safra. O atraso na safra de soja pode comprometer esta janela ideal para a 2ª cultura, o que poderá causar grande impacto econômico, principalmente nas regiões que plantam o algodão safrinha.

O coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, já divulgou que também se posiciona contra o novo calendário. Segundo ele, existem apenas seis produtos com efetividade contra a ferrugem asiática atualmente, e lembra que pesquisas indicam que não existirão novos princípios ativos contra a doença em até cinco anos.

Em relação à produção própria de sementes – semente salva - a Aprosmat ressalta que é um direito do produtor, desde que dentro de todas as normas legais e seguindo as recomendações, como de não produzir soja sobre soja. A associação também relembra a orientação do especialista José Tadashi, pesquisador que orientou a criação do vazio sanitário em Mato Grosso, que diz que a produção de semente salva na safrinha é um grande risco para o próprio produtor.

Em 22 de outubro, o Instituto de Defesa Agropecuária estadual (Indea-MT) determinou que o vario sanitário seria de 1º de maio até 15 de setembro. A nova data, 1º de junho a 30 de setembro, foi publicada em 30 de dezembro de 2014.





Fonte: Agroolhar

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