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Sábado - 17 de Janeiro de 2015 às 20:08

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O Corpo de Bombeiros registrou 156 afogamentos nos rios de Mato Grosso no último ano, um aumento de 77% em relação aos 88 casos de 2013. Já Delegacia Fluvial da Marinha do Brasil, em Cuiabá, registrou nove acidentes de navegação. O número, apesar de ser baixo, não é considerado bom pelas autoridades, tendo em vista que os casos resultaram em três mortes. 


O tenente dos Bombeiros Janisley Teodoro afirmou que as altas temperaturas fizeram com que boa parte da população lotasse as margens dos rios das cidades, em especial entre os meses de junho e outubro.

“É quando a água dá uma diminuída, e pequenas praias acabam se formando, mas isso não quer dizer que a atenção precisa ser diminuída. Foram nesses meses os maiores índices de ocorrência”, explicou.

Segundo o tenente, as ocorrências no ano passado aumentaram em 77% com relação a 2013, e o receio é que aumentem ainda mais neste ano. “Só nos primeiros dias de 2015, sete ocorrências foram registradas em Mato Grosso e as sete resultaram em óbito”.

Já sobre o número de registros da Marinha, o capitão Alexandre Nonato explicou que possam ter acontecido outros acidentes, mas apenas esses foram repassados para a delegacia. Atualmente, a Marinha atua em 65 municípios do Estado.

“Esses dados são referentes aos municípios onde atuamos. As três mortes ocorridas, seguidas de acidentes, foram registradas em Sinop, Barão de Melgaço e no Manso. Esse último teve uma repercussão grande”, lembra.

Nonato se refere à morte do empresário Thiago Rockenbach, 32 anos. O corpo dele foi encontrado quatro dias depois dele ter caído na água para salvar uma amiga que estava se afogando. O acidente aconteceu no dia 18 de outubro.

Um laudo da perícia técnica apontou que o empresário morreu por afogamento e que havia em seu sangue resquícios uma substância compatível com cocaína. Além disso, ele também havia ingerido bebida alcoólica.

Se comparado com 2013, a Marinha registrou cinco acidentes. “Para nós, nove acidentes é muito. Se tem uma morte, isso eleva o número à potencialidade”, explicou Nonato.

Tanto a Marinha quanto os Bombeiros estão aumentando os trabalhos de conscientização em horários de lazer e navegação. Segundo Nonato, é preciso ter consciência de que o colete salva-vidas é um aliado importante.

“Como é que uma pessoa que não sabe nadar vai ficar em uma embarcação sem coletes? É atentar contra a própria vida, precisamos ter mais cuidado com essas pequenas coisas, assim pode-se evitar uma tragédia”, finalizou.

A fiscalização da Marinha nas vias fluviais do Estado vai ser intensificada nos próximos dias, Nonato pediu rigor nessas ações. Espera-se que 6 mil embarcações sejam fiscalizadas durante todo o ano. (YR) 





Fonte: Do DC

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