Dengue aumenta mais de 1000% no AC, aponta Ministério da Saúde Levantamento compara dados de 2013 e 2014, em todo o país. Sesacre afirma que Cruzeiro do Sul é principal responsável pelo aumento.
Município | Casos 2014 |
---|---|
Acrelândia | 32 |
Assis Brasil | 35 |
Brasiléia | 96 |
Bujari | 107 |
Capixaba | 45 |
Cruzeiro do Sul | 29.230 |
Epitaciolândia | 53 |
Feijó | 12 |
Jordão | 1 |
Mal. Thaumaturgo | 43 |
Mâncio Lima | 248 |
Manoel Urbano | 9 |
Plácido de Castro | 137 |
Porto Acre | 84 |
Porto Walter | 56 |
Rio Branco | 4.041 |
Rodrigues Alves | 350 |
Santa Rosa do Purus | 7 |
Sena Madureira | 198 |
Senador Guiomard | 142 |
Tarauacá | 23 |
Xapuri | 46 |
Enquanto os casos de dengue no Brasil diminuíram 59,5%, entre janeiro e dezembro 2014, em comparação ao mesmo período do ano anterior, no Acre, houve um aumento de 1024%, de acordo com levantamento realizado pelo Ministério de Saúde. Em 2013, o estado acreano registrou 2.568 notificações da doença e subiu para 28.873 no ano passado. O município de Cruzeiro do Sul, distante 648 km de Rio Branco, é apontado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) como o principal responsável pelo aumento nos números.
Apesar dos 28.873 casos notificados da doença em 2014, divulgados pelo Ministério da Saúde, dados da Vigilância Epidemiológica do Acre mostram que o quantitativo é ainda maior. Segundo o levantamento feito com exclusividade aoG1, o estado notificou 34.995 casos de dengue, dos quais 18.656 foram confirmados.
A responsável pela Vigilância Epidemiológica, Eliana Costa, diz que a prioridade para este ano é diminuir a prevalência de dengue em Cruzeiro do Sul, uma vez que os outros municípios apresentam uma situação controlada. Os dois óbitos ocorreram naquela cidade.
"Do total de casos notificados no estado, Cruzeiro do Sul sozinho representa 83%. Para se ter uma ideia, ele notificou 29.230 casos, com dois óbitos confirmados. É nossa prioridade, porque todos os outros municípios estão em situação dentro do esperado. Em Rio Branco, apesar da incidência ser considerada alta, a situação está confortável, em comparação a anos anteriores", explica.
Eliana afirma ainda que os principais criadouros da larva do mosquito continuam sendo as caixas d'água e outros depósitos de água. Por isso, a orientação é que a população se responsabilize ainda mais pelos quintais e ambientes ao redor das residências.
"O problema ainda continua sendo as caixas d'água e depósitos de armazenamento de água a nível do solo. Isso é que os agentes de endemias, médicos, toda a equipe de saúde, mobilização social e educação em saúde focam para que a população observe o seu entorno, lixo no quintal, vasos de plantas para eliminar todo e qualquer tipo de criadouro", orienta.
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