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Segunda - 19 de Janeiro de 2015 às 01:10

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Divulgação
O corpo do recém-nascido foi encontrado na Avenida Miguel Sutil (Perimetral), próximo ao Circulo Militar, em Cuiabá, na noite de quinta-feira (15)
O corpo do recém-nascido foi encontrado na Avenida Miguel Sutil (Perimetral), próximo ao Circulo Militar, em Cuiabá, na noite de quinta-feira (15)

Um casal que supostamente presenciou o momento em que um bebê foi abandonado na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, na semana passada, vai depor na tarde desta segunda-feira (19).

O recém-nascido foi encontrado na Avenida Miguel Sutil (Perimetral), próximo ao Circulo Militar, em Cuiabá, na noite de quinta-feira (15).

De acordo com a delegada da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Luciane Barros, responsável pelas investigações, as testemunhas se apresentaram no dia posterior ao ocorrido e teriam informações que podem definir os rumos da investigação.

O homem e a mulher teriam presenciado o momento em que o bebê era deixado na avenida, dentro de uma sacola plástica, ainda com o cordão umbilical e a placenta da mãe.

“As testemunhas serão ouvidas hoje. São pessoas que estavam lá no momento e disseram que viram alguma coisa. A mulher se apresentou depois. Não falou nada na hora em que estavam no local a Polícia e o Samu”, disse a delegada.

Na ocasião em que o bebê foi encontrado, várias pessoas se aglomeraram no local. A princípio, levantou-se a possibilidade de que um casal que estava em um veículo Hillux tivesse abandonado o bebê.

Isto porque o casal estava próximo à cena do crime e teve uma reação considerada suspeita, à medida em que as pessoas se aglomeravam em torno do corpo.

No entanto, a tese foi recusada, após o casal prestar depoimento e ficar provado que a mulher que acompanhava o condutor ficou emocionada ao ver o bebê no asfalto, mas não tem relação com o abandono.

Até o momento, o depoimento de hoje é tido como a peça-chave na investigação, visto que as imagens das câmeras de segurança de um posto de combustível, de um bar e de um supermercado próximos à cena do crime ainda estão sendo analisadas por peritos.

Já as diligências inicialmente realizadas em hospitais da capital, em busca de uma mulher que poderia apresentar sinais de aborto, foram deixadas de lado pela polícia.

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) atestou que a criança morreu por anoxia neonatal (ausência de oxigênio nas células do recém-nascido). Ou seja, ela estava com nove meses de gestação, sem sinais de má formação e morreu durante o trabalho de parto.

Apesar das expectativas em torno do depoimento das testemunhas, a delegada Luciane Barros afirma que é possível que as informações oriundas do interrogatório não ajudem nas investigações.

“Havia várias pessoas no local. Já foram algumas informações desencontradas. É possível que nada acrescente na nossa investigação, mas também é possível que saíamos de lá com a identificação da mãe do bebê. Pode ser que tenha a resolução. Tenho que ouvi-las primeiro”, disse.

Penas

O crime está sendo considerado pela Polícia Civil como "infração de medida sanitária preventiva". Isto porque não houve homicídio e nem aborto, já que o bebê nasceu morto.

Para a Polícia, o crime se encaixa no artigo 268 do Código Penal, que afirma que todo corpo precisa ser enterrado para impedir introdução ou propagação de doenças contagiosas.

Entenda o caso

O recém-nascido foi encontrado na Avenida Miguel Sutil (Perimetral), próximo ao Circulo Militar, em Cuiabá, na noite de quinta-feira (15).

O bebê estava envolto em uma sacola plástica ainda com o cordão umbilical ligado à placenta da mãe.

Ele não apresentava má formação e estava com nove meses de gestação, pesando 3, 100 quilos e tinha 54 centímetros.

O caso chocou as pessoas que passavam pela avenida. Algumas testemunhas informaram que o bebê teria sido jogado de um veículo.

Contudo, a informação foi desmentida por meio do laudo do IML e o caso, que começou a ser investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi encaminhado ao Delegacia da Criança e do Adolescente.





Fonte: Mídia News

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