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Quarta - 21 de Janeiro de 2015 às 07:29

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Olhar Direto

As investigações que culminaram na Operação Ararath, cuja primeira fase foi deflagrada em novembro de 2013, tiveram início em 2007, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Documentos obtidos pelo Olhar Jurídico revelam que as investigações, desde que foram repassadas para o Ministério Público Federal, ficaram praticamente três anos estagnadas. Se a investigação tivesse prosseguido, a maior parte dos crimes investigados poderia ter sido evitada. Estima-se que R$ 500 milhões foram movimentados ilegalmente pelo esquema.

No documento, o promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel fala do procedimento instaurado para averiguar a existência de crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro, tendo como principal investigado Gércio Marcelino Mendonça Júnior, sócio da empresa Globo Fomento.

Conforme o documento emitido pelo promotor, foram efetuadas diligências constatando pessoas físicas e jurídicas que mantinham relacionamento particular e comercial com Júnior Mendonça, além de declarações da ex-esposa dele, Karina Nogueira.

O procedimento foi encaminhado ao procurador da República Mário Lúcio Avelar, “para as providências necessárias, haja vista terem sido constatadas irregularidades nas operações financeiras praticadas pelo investigado”.

Em 28 de novembro de 2008, um ano após o envio do procedimento, o procurador Mário Lúcio Avelar emitiu o despacho 6693/2008. Ele informa que após análise no sistema Arp, foi constatado a existência de Procedimento Administrativo sigiloso no cartório procedimental.

“Assim determino que protocole o expediente e encaminhe-se ao cartório procedimental para análise da conexão com o procedimento administrativo supramencionado”, diz o procurador em seu despacho.

Somente no dia 30 de agosto de 2010 a delegada da Polícia Federal Heloísa Alves de Albuquerque instaurou inquérito policial visando apurar os fatos narrados pelo Gaeco que “anunciam que a empresa Globo Fomento Mercantil vem atuando como instituição financeira sem autorização para tal e auxiliando criminosos no branqueamento de capitais advindos de atividade ilícita”. A delegada encaminhou em 1º de setembro de 2010 o ofício 6277/2010 à procuradora da República Ludmila Bortoleto Monteiro comunicando a instauração do inquérito policial.

Em 12 de novembro de 2013, 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região foram cumpridos para coletar provas materiais e dar continuidade nas investigações de um esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem.

Operação Ararath

A Operação Ararath investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

A primeira dase da operação foi deflagrada no dia 12 de novembro de 2013, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade as investigações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Entre os locais “batidos” pela PF estavam a cobertura de luxo de Júnior Mendonça, principal nome das investigações, no condomínio Maison Paris, em Cuiabá, e postos de combustíveis da rede Amazônia Petróleo, da qual ele é sócio.

Mendonça era sócio proprietário da factoring “Globo Fomento Mercantil”, empresa que, segundo a PF, foi usada como fachada para negócios de agiotagem e lavagem de dinheiro. Todas as transações financeiras supostamente ilegais eram movimentadas através de contas da factoring e da rede Amazônia Petróleo.





Fonte: Olhar Direto

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