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Quarta - 21 de Janeiro de 2015 às 14:15

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Josi Pettengill/Secom-MT

Mato Grosso conquistou manchete na edição desta quarta-feira do jornal ‘Folha de São Paulo’, o maior do Brasil, com a notícia de que o governador Silval Barbosa (PMDB) recebeu R$ 152.259,93 no encerramento do mandato. O valor corresponderia a quase 10 vezes o salário normal do governador: 16,9 mil mensais, fora a chamada “liturgia do cargo”.

Além de Silval, a reportagem da ‘Folha de S. Paulo’ apresenta também os valores dos salários pagos a três secretários de Estado: Pedro Nadaf (Casa Civil), Jorge Lafetá (Saúde) e Cinésio Oliveira (Transporte e Pavimentação Urbana). A reportagem indicou que os dados foram encontrados no Portal Transparência do Governo de Mato Grosso: http://www.transparencia.mt.gov.br/

Também em dezembro, outros três ex-secretários receberam bem acima de seus vencimentos. Os dados constam do Portal da Transparência do governo do Estado. A página não revela detalhes sobre o motivo dos pagamentos, apenas mostra a quantia bruta e mais os descontos.

O ex-governador teve descontados R$ 3.693,43, referente ao Imposto de Renda e R$ 482,92, de contribuição para a Previdência Social.

O governador Pedro Taques (PDT), que assumiu em 1 de janeiro, afirmou à ‘Folha de S. Paulo’ não saber a razão dos vencimentos e determinou que o assunto seja apurado. A Secretaria de Gestão analisa os pagamentos.

Silval, que estava em viagem pelo exterior, afirma que o supersalário refere-se a direitos trabalhistas não gozados durante seu mandato como governador.

"São valores de férias, décimo terceiro e outros benefícios que todo mundo tem direito que, somados, chegam a essa quantia. Está tudo dentro da legalidade", ressaltou.

Silval assumiu o governo de Mato Grosso em março de 2010, após Blairo Maggi (PR) renunciar ao comando do Executivo para disputar a eleição para o Senado. Era o vice-governador na época e foi eleito no primeiro turno.

Denunciado recentemente pelo Ministério Público Estadual sob suspeita de desvio de recursos públicos, ele disse que ainda não foi notificado, mas garantiu estar tranquilo. A Justiça já determinou o bloqueio de seus bens, no valor de R$ 12 milhões.

"Não cometi irregularidade alguma", enfatizou Barbosa, para a ‘Folha’.

Assessores bem pagos

O Portal da Transparência de Mato Grosso divulgou também que o ex-secretário chefe da Casa Civil Pedro Nadaf (PR) recebeu em dezembro de 2014 um salário de R$ 62 mil, bem acima dos habituais R$ 16,9 mil –o valor anteriormente pago aos secretários de Estado.

Nadaf, que preside a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso, evitou falar sobre o assunto. A assessoria da Fecomércio diz que ele não poderia falar sobre o caso, já que estava indo para o Rio.

Os ex-secretários Jorge Lafetá (Saúde) e Cinésio Oliveira (Transporte e Pavimentação Urbana) receberam, cada um, R$ 39.474,80. Eles não foram localizados. Desde janeiro deste ano a remuneração do governador é de R$ 20.278, e a dos secretários, R$ 18 mil.





Fonte: Olhar Direto

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