Ebola declina na África Ocidental, mas vigilância é necessária, diz OMS Menos de 150 casos foram relatados na semana passada. Serra Leoa continua a ser o país mais afetado, com 117 dos 145 novos.
A epidemia de ebola na África Ocidental parece estar em declínio, com menos de 150 casos relatados na semana passada, mas devem ser mantidos os esforços para acabar com a doença, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) na quinta-feira (23).
A Serra Leoa continua a ser o país mais afetado, com 117 dos 145 novos casos confirmados, contra 184 na semana passada e 248 na retrasada, disse a OMS em sua última atualização.
"A incidência de casos continua a cair na Guiné, Libéria e Serra Leoa", disse a agência da Organização das Nações Unidas, acrescentando que a vigilância sobre a doença está sendo intensificada nos distritos de fronteira da Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Mali e Senegal.
A cada 10 dias, o número de novos casos cai pela metade na Guiné. Com um total de 20, o número de casos na Guiné é o mais baixo desde o início de agosto, disse a entidade.
Na Libéria, onde os casos confirmados na semana passada caíram para 8 de um pico de mais de 300 por semana em agosto e setembro, a quantidade vem se reduzindo à metade a cada duas semanas, e em Serra Leoa, a cada 20 dias, aproximadamente.
De acordo com a OMS, ao todo houve 21.724 casos de Ebola reportados em nove países no ano passado, desde o início da epidemia na Guiné, incluindo 8.641 mortes.
O vírus não foi mais identificado no Mali, Nigéria e Senegal, e não houve mais casos entre os trabalhadores estrangeiros da área de saúde que retornam à Grã-Bretanha, Espanha ou os Estados Unidos, apesar de uma enfermeira britânica ainda estar se recuperando em um hospital em Londres.
Até o momento, 828 profissionais de saúde foram infectados nos três países mais atingidos, incluindo 499 que morreram, disse a OMS.
Na quarta-feira, o chefe da ONU para o ebola, David Nabarro, estacou que as agências da ONU precisam de um total de 1 bilhão de dólares para combater a epidemia de ebola num momento em que os especialistas passam para uma nova fase que envolve uma operação maciça para rastrear casos remanescentes.
"Casos de resistência de comunidades a enterros seguros e à identificação de contatos continuam a ser relatados em todos os três países, embora sejam mais comuns na Guiné", disse a OMS.
O Comitê de Emergência da OMS para o ebola salientou na quarta-feira que os passageiros ainda devem ser rastreados ao deixar a Guiné, Libéria e Serra Leoa para alteração na temperatura ou outros sinais de infecção.
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