Sai a exoneração de servidores
A exoneração do secretário-adjunto de Comunicação, Elpídio Spiezzi Júnior, foi publicada na edição do diário oficial de ontem (23), o que já era esperado, pois ele foi preso durante a deflagração da operação Edição Extra, em dezembro do ano passado, acusado de participar de um esquema de superfaturamento na licitação das gráficas.
Junto com ele, outros profissionais da Pasta também foram exonerados.
A Secretaria agora terá a estrutura de um Gabinete de Comunicação que está ligado à Casa Civil e é comandado pelo jornalista Jean Campos, que já acompanha o governador Pedro Taques (PDT) desde o Senado. Ninguém foi nomeado ainda para o cargo de Elpídio, fato que deve ocorrer somente após a reforma administrativa, em fevereiro.
A acusação que pesa sobre o ex-secretário é de que ele teria sido conivente com o esquema que teria resultado num desvio de mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos. Os beneficiários seriam os irmãos e proprietários das gráficas Print e Defanti, Fabio, Jorge e Dalmi Defanti.
Outro secretário envolvido no esquema era o adjunto da Secretaria de Administração, José Nunes Cordeiro, que também já foi exonerado. Ele foi o responsável pela realização dos processos licitatórios supostamente fraudulentos em 2012. A investigação demorou dois anos para desmontar o esquema.
Elpídio, juntamente com os outros envolvidos, ficou quase uma semana preso e ganhou a liberdade no dia 25 de dezembro. Os acusados aguardam a conclusão dos processos em liberdade, sem poder deixar o país.
O esquema, de acordo com as investigações, teria iniciado em 2011 com uma reunião de empresário do ramo de gráfica. Eles deveriam apresentar preços superfaturados para forçar o Estado a contratar os serviços com valores acima de mercado.
Um dos empresários não teria aceitado o acordo e fez a delação premiada ao Ministério Público Estadual, que encaminhou a denúncia para Delegacia Fazendária.
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