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Cidades/Geral
Sábado - 22 de Setembro de 2012 às 07:14
Por: Laura Nabuco

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Pelo menos 27% dos mato-grossenses com 60 anos ou mais são analfabetos. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que divulgou ontem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011.

A quantidade de analfabetos é 10 pontos percentuais maior entre os idosos do que entre crianças com sete anos, idade em que se inicia o ensino fundamental.

Conforme a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), as dificuldades são o acesso a estas pessoas e a própria falta de interesse delas em dar continuidade aos estudos.

A maioria estaria mais interessada em aprender a escrever o próprio nome e identificar as letras para atividades básicas, como fazer compras ou ter acesso ao transporte público, por isso, ao completar os oito meses do programa Brasil Alfabetizado (do governo Federal), não ingressa no primeiro módulo da educação para adultos.

Segundo a Seduc, entre 2004 e 2009, o Estado registrou a matrícula de 80 mil alunos neste programa. Em 2012, a União estabeleceu meta de 30 mil, mas a quantidade não ultrapassou 16 mil.

O levantamento revela ainda os índices de defasagem escolar. Entre alunos com idade entre 16 e 17 anos, faixa etária em que o estudante deveria estar no ensino médio, 18% dos mato-grossense ainda cursam séries do ensino fundamental.

Já os estudantes que têm idade para estar na faculdade (entre 20 e 24 anos), mas ainda cursam o ensino médio correspondem a 20% dos mato-grossenses.

A porcentagem é ainda maior quando se leva em consideração a porcentagem de alunos com idade entre 18 e 19 anos, faixa etária em que se ingressa no curso superior. Pelo menos 59% deles ainda estão no ensino médio, conforme o PNAD, e outros 4% estão no fundamental.

Para reverter a situação, a Seduc aposta na implantação da educação por ciclos, que busca agregar numa mesma turma alunos com faixas etárias semelhantes. Pelo projeto, alunos que estão “atrasados” passam por aulas especiais em que o professor trabalha formas de adaptá-lo às séries subseqüentes.

A própria secretaria reconhece, no entanto, que o modelo é polêmico até mesmo entre professores. Embora venha sendo defendido pelos governos do Estado e Federal há 10 anos, só passou a ser implantada de fato nos últimos cinco.

Já para aqueles que têm idade entre 18 e 30, a opção são os Centros de Educação para Jovens e Adultos (Cejas), considerados pela pasta como uma alternativa às Escolas para Jovens e Adultos (Ejas).

A diferença está na modalidade de ensino. Enquanto a segunda mantém a estrutura do ensino regular, a primeira oferece aulas em módulos ou por área de conhecimento e que ainda têm a opção de serem ofertadas à distância, com aulas presenciais uma vez por semana. Conforme a assessoria da Seduc, os resultados têm sido positivos, em especial em relação às pessoas que precisam conciliar o estudo ao trabalho.




Fonte: DO DC

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