Observatório classifica como pequeno tremor de terra no Nortão
O professor George Sand França, do Observatório Sismológico do Centro do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), informou há pouco, ao Só Notícias, que o tremor de terra registrado ontem de madrugada, em Tabaporã (150 km de Sinop), "é considerado de pequeno para intermediário. Como ocorreu em área rural teve impacto menor mas pode ser sentido a uma distância maior". Foi de 3,9 graus na Escala Ricther. George aponta que o abalo também pode ter sido sentido em mais cidades. "Foi mais próximo de Tabaporã do que de Porto dos Gaúchos", afirmou.
Os professores e técnicos continuam analisando a ocorrência. "Há falhas geológicas, fraturas rochosas na região Norte e essas acomodações da terra são pequenas. Quando ocorrem, as pessoas sentem a terra tremer", explica George. "Não é possível prever quando vai ocorrer novamente. Existe a possibilidade de ocorrer. É remota, mas pode acontecer", acrescentou. O professor explicou que não há motivos para os moradores se preocuparem.
"Escutei um barulho parecido com um trovão e a terra tremendo. Durou alguns segundos e me assustei. Eu estava no quarto quando ocorreu", descreveu, ao Só Notícias, a funcionária pública em Tabaporã, Maria Aparecida Flores, 30 anos. Ela recorda que em 2005 houve tremor. "Aquele foi mais forte", disse.
Não há registros de danos materiais em Tabaporã e Porto dos Gaúchos. O Observatório de Sismologia continua 'monitorando' a região de Porto dos Gaúchos constantemente pois mantém uma base de pesquisas e analisa as ocorrências registradas.
Este é o segundo tremor de terra no país em 2015. Em Tunas do Paraná (PR), foi no dia 5 de janeiro, com magnitude de 3,5. Na região Norte de Mato Grosso, houve alguns tremores de terras, em anos anteriores, sem vítimas. Em Porto dos Gaúchos, em 2009, a magnitude foi de 2,8 e em 2006, foi de 2,6. Em Santa Cruz do Xingu, próximo a divisa com Pará, a terra tremeu em 2009, com magnitude de 3,5. Em 1998, o tremor foi maior chegando a 5,2 graus. Mato Grosso é o segundo Estado com maior número de ocorrências. Foram 1.304 registradas até agora. Minas Gerais tem maior número 2.598. Em terceiro está o Rio Grande do Norte, com 1.245, de acordo com o observatório.
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