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Agronegócios
Quarta - 28 de Janeiro de 2015 às 23:08

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O forte veranico que atinge o Centro-Oeste vai causar redução na área plantada de tomate. Com isso, o preço do produto deve subir para o consumidor final.

A seca prolongada de janeiro já passou de 25 dias na região de Luziânia, em Goiás, o maior Estado produtor de tomate no país. O clima desfavorável deve provocar uma redução da área plantada de até 50% em algumas propriedades.

O agricultor Maurício Bakalarczyk, de Cristalina, no sudoeste do Estado, costuma plantar 150 hectares da hortaliça ao ano, mas já prevê reduzir a área pela metade com medo das chuvas não serem suficientes para garantir uma boa irrigação na safra.

Os agricultores estão adubando a área para começar o plantio no dia 2 de fevereiro. A falta de chuvas neste período favorece o preparo do solo para o plantio do tomate, mas isso apenas para os produtores que têm irrigação. É onde está um grande dilema: a mesma seca que é positiva para a cultura, é preocupante para o acúmulo de água nas represas, água que será usada lá na frente para irrigar a safra.

– As áreas irrigadas por pivô central são abastecidas por grandes represas. A gente conta com a água da chuva para que elas fiquem cheias, e posteriormente seja possível irrigar a cultura do tomate no período da seca, que vai de abril até outubro. As previsões não são muito animadoras, para fevereiro estão previstas menos chuvas. Então, terá apenas março e abril para encher essas represas. É preocupante, pois cortando a chuva logo em abril, o lençol freático pode ficar baixo e faltar água para essas represas, para o tomate e outras culturas irrigadas – explica o produtor.

O baixo nível de chuvas na região centro-sul do país vai afetar não só a produção de tomate, mas de todos os hortifrutigranjeiros, de acordo com o engenheiro agrônomo João Carlos Carvalho. O resultado será queda de oferta e, consequentemente, o consumidor final vai sentir a alta nos preços.

– O resultado, se não tem água para plantar, é a redução de área. O agricultor vai plantar aquilo que tem água para produzir porque ele não vai produzir e jogar fora, deixar morrer por seca. Com isso vai faltar tomate e o preço vai automaticamente subir. A lei da oferta e da procura não foi revogada e hortifrutigranjeiro é muito difícil você importar – salienta.





Fonte: CanalRural

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