Riva apresenta "balanço" dos seus anos de poder na política mato-grossense
É provável que poucos homens públicos tenham sabido exercer tanto poder e influência na vida pública de Mato Grosso, em sua plenitude, como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), fez nos últimos 20 anos. Ele chegou no início da década de 1990 como José Geraldo Riva, mas os anos se passaram e a mania brasileira de buscar diminutivos, ficou apenas como deputado Riva.
Para abordar sua trajetória sempre no comando do Poder Legisaltivo é que José Riva concede entrevista coletiva, nesta quinta-feira (29), a partir das 9 horas, na sala das Comissões do Edifício Dante Martins de Oliveira. Ele irá fazer um balanço sobre a 17ª legislatura, que se encerra neste sábado (31), e sobre o fim do seu mandato parlamentar, após 20 anos consecutivos, sendo seis vezes presidente da Assembleia – caso único na história.
José Riva chegou ao Palácio Filinto Müller, antigo prédio da Assembleia Legislativa, na rua Barão de Melgaço (Praça Moreira Cabral), em 1992, ainda como suplente de deputado, sendo recepcionado pelo então deputado estadual Roberto França. Depois, em 1994, se elegeu deputado estadual pelo PMN, liderando uma chapa em que chegaram à Assembleia os parlamentares Jorge Abreu (in memorian), morto em trágico acidente aéreo em 1998, e Eliene José de Lima (PSD), atual deputado federal não reeleito.
Na primeira eleição de Mesa Diretora da qual participou, Riva enfrentou a chapa do governador Dante Martins de Oliveira para assumir a Primeira Secretaria, em composição com o deputado Gilmar Fabris, que se elegeu presidente. Começou ali uma trajetória à frente do Poder Legislativo, marcada pela conquista de seis mandatos de presidente e quatro de primeiro secretário.
Em 20 anos, Riva jamais se licenciou do mandato de deputado, nem mesmo para tratamento de saúde de doenças graves. Também se destacou por sua postura municipalista. No ano passado, perdeu no tapetão a sua única eleição, sendo cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em decisão confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa.
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