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Terça - 03 de Fevereiro de 2015 às 14:26

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O gerente Marcelo Lagella (detalhe) diz que cliente responderá na Justiça por acusações à empresa
O gerente Marcelo Lagella (detalhe) diz que cliente responderá na Justiça por acusações à empresa

O gerente do restaurante "Espeto Popular", Marcelo Lagella, disse que vai acionar o empresário Marco Antonio Abib na Justiça pelas acusações de que a empresa, localizada na Praça Popular, em Cuiabá, serve carne sem procedência aos seus clientes.

Na semana passada, Abib disse ter encontrado uma agulha dentro de um pedaço de carne servida no restaurante.

Lagella negou que a carne servida no Espeto Popular não tenha origem e afirmou que o serviço ofertado pelo restaurante é de qualidade.

O gerente lamentou o fato de que Marco Antonio Abib tenha repercutido a denúncia feita ao MidiaNews nas redes sociais, sobretudo, em sua página pessoal no Facebook, de que a comida vendida no estabelecimento não atenderia às normas da Vigilância Sanitária.

“Ele postou no Facebook acusações sérias e que não são verdadeiras. Eu tenho todos os comprovantes de compra da carne para provar que ele está errado. Então, a partir de agora, ele terá que responder na Justiça”, disse.

A partir da denúncia feita pelo cliente, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no restaurante, dois dias depois da denúncia, para verificar os recibos de compra de alimento, principalmente da carne que é servida em espetos.

Para Marcelo Lagella, a presença da equipe da Saúde Pública no local foi "extremamente positiva", considerando que teria sido uma uma oportunidade para o órgão comprovar a qualidade dos produtos vendidos no estabelecimento.

“Eles foram lá atendendo à denúncia do cliente e solicitaram os comprovantes de compra da carne para checar meus fornecedores, a procedência da carne. E eu pude mostrar e deixar registrado que está tudo dentro das normas exigidas pela Saúde Pública", disse o gerente.

Entenda o caso

Na noite do dia 26 de janeiro, uma segunda-feira, o empresário Marco Antonio Abib registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, em que relatou ter ferido a boca por uma agulha, que, segundo ele, estava em um pedaço de carne servido no local.

Ele disse que foi com um filho ao restaurante, por volta das 23 horas, e pediram dois espetos de picanha.

Contou que, ao mastigar um pedaço da carne, sentiu algo estranho na boca. E constatou que havia mordido a agulha.

O empresário acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para registrar o fato e, segundo ele, os próprios socorristas teriam afirmado que a agulha era de uso humano.

“É um absurdo algo dessa natureza acontecer. Você paga caro para comer em um local que, supostamente, tem qualidade e algo desse tipo acontece. E, ainda por cima, o responsável nos tratou com descaso, além de ficarmos sabendo que a comida que estávamos ingerindo não tem procedência. Essa carne pode ter sido obtida até de um matadouro ilegal”, declarou.

Por meio de uma nota, a direção do Espeto Popular disse que, em dez anos de funcionamento, nunca enfrentou qualquer problema com a Vigilância Sanitária ou outro órgão fiscalizador, sobre má conversação, armazenamento ou procedência de produtos e de carnes.





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