TJMT suspende e altera local de júri de ex-marido acusado de matar juíza Ex-marido não aceitava fim de relacionando e matou vítima no gabinete. Crime ocorreu no Fórum de Alto Taquari e juíza levou dois tiros na nuca.
Júri popular do enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, de 43 anos, acusado de matar a tiros a juíza Glauciane Chaves de Melo, de 42, foi suspenso e deverá ser realizado no município de Alto Araguaia, distante 426 km de Cuiabá. O julgamento estava previsto para ocorrer no dia 5 de março em Alto Taquari, cidade onde ocorreu o crime. Porém, a Turma de Câmara Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu, por unanimidade, nesta quinta-feira (5) mudar o local da audiência.
Os desembargadores deferiram o pedido de desaforamento do processo feito pelo advogado do enfermeiro, Edno Damascena de Farias, sob a alegação que o júri poderia ter andamento ou resultado comprometido se fosse realizado na mesma cidade onde ocorreu o assassinato. Dessa forma, o processo será encaminhado para a Comarca de Alto Araguaia e o juiz deverá agendar a nova data do júri popular.
Evanderly de Oliveira Lima é réu confesso e aguarda o julgamento em uma cela especial na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe, já que não houve chance da vítima se defender. A morte da juíza, que também é ex-esposa do acusado, ocorreu no dia 7 de junho de 2013, dentro do gabinete dela, quando foi atingida por dois tiros na nuca. O crime, conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ocorreu após a vítima se recusar a reatar o relacionamento.
Entenda o caso
Juíza foi morte no gabinete (Foto: Assessoria/TJMT)
No dia do crime, o enfermeiro foi até o Fórum de Alto Taquari para falar com a juíza no gabinete dela. Eles teriam discutido e o ex-marido efetuado os disparos. Em seguida, fugiu do local. Na denúncia, o promotor destacou que o enfermeiro e a juíza conviveram em união estável por cerca de oito anos e que estavam separados desde dezembro de 2012.
O casal se mudou para Alto Taquari em junho de 2012 após a vítima tomar posse no cargo de juíza. Nos últimos meses, o suspeito não aceitou o fim do casamento e teria feito várias ameaças à juíza para que reatassem o relacionamento. Em depoimento à polícia, Evanderly alegou que estava transtornado por supostamente a ex-mulher estar se relacionando com outra pessoa e, por isso, foi até o Fórum e, após uma discussão, atirou contra a vítima no gabinete dela.
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