Taborelli quer levar Toffoli ao CNJ
Após ser ameaçado de perder o mandato, o deputado estadual Pery Taborelli (PV) usou a tribuna da Assembleia Legislativa na sessão matutina de ontem (5) para disparar críticas ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro José Dias Toffoli.
O parlamentar acusou Toffoli de votar pela liberação do registro de candidatura do petista Valdir Barranco, excluindo-o da lei da Ficha Limpa, por conta da proximidade histórica mantida com o PT.
Antes de ser indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocupar uma vaga no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Toffoli foi advogado do PT e assessor do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
“Foi uma decisão parcial e é resultado de um conchavo político, onde o ministro defende a bandeira que sempre defendeu”, declarou.
No discurso, Taborelli ainda pediu apoio da sociedade civil organizada para lutar contra o que classifica de artimanhas do PT para se beneficiar no poder.
“Conclamo a OAB e a sociedade em lutar ao meu lado. Não aceitaremos que este partido continue fazendo o que bem entende com o dinheiro público e agora interferindo na Justiça brasileira”, disparou.
Também classificou a autorização do registro de candidatura de Barranco com a exclusão dos efeitos da lei da Ficha Limpa pelo TSE de afronta à democracia.
“Um cidadão que superfaturou 7000% em medicamentos não pode ser considerado apto para representar a sociedade nesta Casa de Leis”.
Eleito com 18.526 votos, Pery Taborelli pode perder o mandato se o TSE validar o registro de candidatura de Valdir Barranco.
O petista recebeu 19.227 votos, mas foi barrado pela lei da Ficha Limpa por conta da reprovação de suas contas de gestão pela Câmara Municipal de Nova Bandeirantes em 2007, quando estava como prefeito.
A validade de sua candidatura levaria o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a recontar a quantia de votos para deputado estadual, diante da formatação de um novo coeficiente eleitoral, o que levaria a exclusão de Peri Taborelli do mandato de parlamentar.
O julgamento definitivo do TSE está sendo adiado desde novembro de 2014 devido a pedido de vistas.
Embora respaldada pela Procuradoria Geral Eleitoral, o ministro Dias Toffoli pediu vistas do processo e encaminhou para julgamento em plenário na terça-feira (3). Seu voto favorável foi acompanhado pelos ministros Ademar Gonzaga e Luciana Sóssio.
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