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Economia
Sexta - 06 de Fevereiro de 2015 às 14:50

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Especialista avalia que a tendência é a de que o Brasil se estabilize no ranking no próximo ano, por depreciação do real
Especialista avalia que a tendência é a de que o Brasil se estabilize no ranking no próximo ano, por depreciação do real

O Brasil conseguiu sustentar a oitava colocação no ranking dos países com as marcas de bancos mais valiosas do mundo. O relatório, obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, é feito pela consultoria britânica Brand Finance em parceria com a revista The Banker.

Após registrar duas quedas consecutivas nos anos anteriores, o País atingiu a cifra total de US$ 34,3 bilhões (R$ 92,8 bilhões), beneficiado pela valorização cambial e pelo reforço individual do Bradesco e da Caixa Econômica Federal, que foram mais bem avaliados pelos consumidores.

À frente do Brasil, permaneceram nações como Espanha, França, Japão e Canadá, todas com valor superior a US$ 35,5 bilhões (R$ 96 bilhões). Os Estados Unidos seguiram na liderança do ranking, que inclui bancos e empresas de cartões de crédito, com 61 instituições que, juntas, tiveram suas marcas avaliadas em quase US$ 202 bilhões (R$ 546,7 bilhões).

"A tendência é de que o Brasil se estabilize no ranking no próximo ano em meio à depreciação do real, uma vez que o ranking é calculado em dólar. Apesar dos ajustes promovidos pelo governo impactarem, o esforço e o investimento dos bancos na entrega de produtos e serviços também pesam na percepção do cliente", avalia Gilson Nunes, CEO da Brand Finance para a América Latina, em entrevista ao Broadcast.

De acordo com ele, a percepção do cliente em relação à marca é um dos fatores que têm forte influência no resultado do ranking. Na edição de 2015, cerca de 16 mil consumidores, conforme Nunes, foram entrevistados para a análise global das marcas mais valiosas de bancos.

Além de manter a oitava posição no ranking deste ano, o Brasil emplacou, novamente, dois representantes entre os 25 mais bem avaliados do mundo, lista liderada pelo norte-americano Wells Fargo. O destaque foi o Bradesco, que saltou cinco posições, da 20ª para a 15ª colocação.

É o primeiro colocado entre os bancos da América Latina, com valor de marca de US$ 12,4 bilhões (R$ 33,56 bilhões), cifra 17% maior que a vista na última medição. O resultado lhe garantiu também o 10º lugar na lista dos bancos que mais valorizaram suas marcas no último ano.

Nunes explica que o avanço do Bradesco tem como pano de fundo uma melhor avaliação por parte do seu público-alvo, que reconheceu os investimentos feitos pelo banco em canais digitais e no acesso da população aos serviços bancários.

"Aumentou a percepção dos clientes do Bradesco, em sua maioria da classe média e média-baixa, em relação à marca e à entrega de serviços e produtos. Além disso, essa parte da população foi uma das que mais cresceram nos últimos anos", analisa o CEO da Brand Finance.

Já a Caixa, que entrou para o ranking no ano passado, conseguiu valorizar sua marca em 8%, para US$ 5,1 bilhões (R$ 13,8 bilhões), por causa, principalmente, da ampliação de sua base, impulsionada pelo programa de juros baixos. O banco estatal também investiu em comunicação e marketing, segundo ele. Apesar disso, o banco caiu uma colocação, da 49ª para 50ª.





Fonte: Agência Estado

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