Romoaldo nega haver fantasma e diz que todos dados ficaram disponíveis Ex-presidente afirma que são 1,6 mil servidores e que a folha chega a R$ 13 mi e explica que todas as informações só não chegaram a nova Mesa porque seus membros se esconderam em pousada
O ex-presidente da Assembleia, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), reagiu às críticas da nova Mesa Diretora, que reclama não ter recebido dados e documentos com informações técnicas e financeiras da Casa. Segundo ele, toda documentação fora providenciada para ser entregue, mas quatro dias antes o grupo que chegou ao comando do Legislativo se isolou num “confinamento” na região do lago de Manso, em Chapada dos Guimarães. “A gente procurou eles para entregar todos os dados. Queríamos que fosse feita a transição, mas eles se esconderam no Manso. Aí não tem como entregar nada”, comentou Romoaldo, em tom de ironia, em referência ao grupo dos 17 que ficaram juntos numa pousada, de onde só saíram em comboio para a solenidade de posse e, logo em seguida, para participar da eleição da Mesa.
- Romoaldo considera também “balela” do novo presidente Guilherme Maluf a afirmação de que fará enxugamento "drástico" da folha. Pondera que pode até conseguir reduzir o quadro de pessoal, mas não de forma radical, sob pena de comprometer o funcionamento pleno da Casa. Destaca que durante 16 meses como dirigente da AL sempre fez checagem na hora de fazer pagamento da folha e assegura não existir um fantasma. “Daquilo que estava sob o meu controle, eu garanto que não tem um fantasma. Agora existem servidores lotados nos gabinetes, numa média de 30 por cada deputado. Fazer esse controle é mais complicado”.
Demóstenes Milhomem
Romoaldo Júnior diz que a folha é de R$ 13 milhões e não de R$ 15 milhões como propaga o presidente Guilherme Maluf e assegura que não existe fantasma na AL
O ex-presidente contesta também a notícia propagada pela nova Mesa de que a AL emprega duas mil pessoas e que a folha seria de R$ 15 milhões. Assegura que são 1,6 mil e, destes, 514 são concursados e o restante em cargos comissionados. O valor da folha, segundo Romoaldo, é de R$ 13 milhões.
Considera dentro da normalidade e do previsto a decisão da Mesa, conduzida pelo presidente Maluf e pelo primeiro-secretário Ondanir Bortolini, o Nininho, de exonerar 859 DAS. Destaca que, em verdade, as pessoas que saíram estavam lotados nos 11 gabinetes de deputados que não estão mais nesta nova legislatura. Observa que o mesmo quadro de comissionados será recomposto. Sobre servidores com supersalários, Romoaldo Júnior explica que é preciso avaliar caso a caso para não haver injustiça. Pondera que há servidores que, além do salário, receberam juntos benefícios determinados pela Justiça, como é o caso da URV.
Comentários