Riva critica exoneração em massa e denúncias de servidores fantasmas
O ex-deputado estadual José Riva (PSD), que deixou a presidência da Assembleia no último dia 31 de janeiro, considerou desnecessária a exoneração de 858 comissionados pela Mesa Diretora presidida por Guilherme Maluf (PSD) já que grande parte dos servidores será recontratada após a conclusão do recadastramento. Na opinião do ex-deputado, o procedimento correto seria avaliar a situação funcional dos servidores e exonerar somente aqueles que não seriam readmitidos posteriormente.
“Hoje, se o governador Pedro Taques resolver solicitar uma sessão extraordinária, não tem servidores para fazer a Assembleia funcionar. Faltam desde taquigrafistas até seguranças. Tem gente querendo aparecer e fazendo os trabalhadores de bode expiatório”, alfineta Riva.
Riva também reagiu à denúncia divulgada pelo tucano Wilson Santos sobre a existência de servidor comissionado recebendo salário de R$ 71 mil e morando nos Estados Unidos. Segundo o social-democrata, servidores do Legislativo até podem receber vantagens eventuais como perdas da URV ou férias acumuladas, mas ninguém ganhava acima do teto constitucional de R$ 29,4 mil.
“É uma mentira deslavada do Wilson Santos. Coisa de gente que tem necessidade de aparecer. Desafio a dizer o nome e o endereço do servidor denunciado. É muita irresponsabilidade expor as pessoas e colocar todos os funcionários do Legislativo sob suspeita”, dispara Riva.
De acordo com Riva, a prova que estão querendo se credenciar perante a sociedade às suas custas é a divulgação das notícias sobre o cancelamento da licitação no valor de R$ 4,7 milhões para aquisição de brindes. O social-democrata afirma que o certame não foi homologado pela presidência da Assembleia nem pelo então primeiro-secretário Mauro Savi (PR) e, portanto, não existiu. “E a denúncia falsa partiu de gente que na minha frente agia de uma forma e pelas costas mudava de postura. Não passam de oportunistas querendo aparecer em cima dos outros”, completou.
Sobre a suspeita da existência de fantasmas na Assembleia, Riva assegura que na presidência não existia nenhum servidor nesta situação. Entretanto, desafia os deputados estaduais da legislatura anterior a prestar esclarecimentos sobre os comissionados que nomearam. “Não posso responder por ninguém. Se alguém contratou fantasma, que se explique. Quem gera a folha de pagamento é a primeira-secretaria, mas cada deputado é responsável por suas nomeações”, lembrou.
Além disso, Riva sustenta que o discurso sobre a aproximação da Assembleia com a sociedade, feito pela atual Mesa Diretora, é demagógico. O ex-parlamentar garante que o Poder Legislativo sempre esteve em sintonia com os mato-grossenses no período em que foi dirigido por seu grupo político. “As pessoas sempre circularam pela Assembleia. Não faltaram audiências públicas, seminários, câmaras temáticas e reuniões. Nenhum Poder era tão frequentado”, concluiu.
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