Mendes diz que não vai “fazer loucura” para atender reivindicações dos médicos
A suspensão do indicativo de greve dos médicos abriu a possibilidade de um acordo sem confronto em campo aberto, mas não assegura o reajuste salarial nem o chamamento imediato de 170 médicos, como exige Sindicato dos Médicos (Sindimed) para evitar medidas drásticas. “É evidente que o diálogo com o Sindimed permanece aberto. Mas não podemos fazer loucuras para atender às reivindicações, porque temos limitações”, observou ele, no Centro de Eventos do Pantanal, nesta segunda-feira (9), após participar de reunião com o governador José Pedro Taques (PDT).
Mauro Mendes lamentou que haja interpretação equivocada sobre querer e poder, na administração pública. “Eu não sou irresponsável... vou atender [a pauta dos médicos] dentro das condições que a Prefeitura Municipal possui”, argumentou o prefeito da Capital.
A suspensão do indicativo de greve pelo Sindmed ocorreu após reunião com a Prefeitura de Cuiabá, intermediada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Em princípio, se evitou o impasse, mas a presidente do Sindimed, Eliana Siqueira Carvalho, alerta que vai cobrar o atendimento das reivindicações da classe, em especial o reajuste salarial e a promoção dos mutirões de especialidades e exames.
Na entrevista, Mendes admitiu que o chamamento dos 170 médicos, conforme acordo inicial, vai acontecer paulatinamente. Sobre a Comissão Especial na Secretaria de Finanças, para avaliar as possibilidade de reajuste salarial ao médicos, o prefeito de Cuiabá não quis fixar prazo, optando por cobrar “no menor espaço de tempo possível”.
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