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Nacional
Terça - 10 de Fevereiro de 2015 às 18:09

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Reprodução/ Record Bahia
Promotores já acompanharam os depoimentos do inquérito instaurado pela polícia
Promotores já acompanharam os depoimentos do inquérito instaurado pela polícia

O MP-BA (Ministério Público da Bahia) designou quatro promotores de Justiça para atuar em conjunto no inquérito que apura as circunstâncias da ação policial realizada na madrugada de sexta-feira (6), na estrada das Barreiras, no bairro do Cabula, em Salvador, que resultou na morte de 12 pessoas.

Atuarão no caso os promotores de Justiça Davi Gallo Barouh, que coordenará os trabalhos, José Emmanuel Araújo Lemos, Ramires Tyrone Carvalho e Raimundo Nonato Moinhos. A designação foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta segunda-feira (9). Na manhã de sexta-feira, os promotores acompanharam os depoimentos do inquérito instaurado pela polícia.

Caso:

Doze pessoas morreram e três ficaram feridas durante uma troca de tiros entre bandidos e policiais da Rondesp (Rondas Especiais), na madrugada de sexta-feira (6), na estrada das Barreiras, no bairro do Cabula.

A polícia informou que o tiroteio começou quando cruzou com cerca de 30 homens, que se preparavam para explodir caixas eletrônicos, na localidade conhecida como Vila Moisés.

Em nota, a PM disse que os policiais reagiram após serem recebidos a tiros pelos bandidos e verem que o sargento havia sido baleado de raspão na cabeça. O PM foi socorrido, medicado e liberado. Com os criminosos foram encontradas 16 armas, muitas de calibre restrito com carregadores alongados, e farta quantidade de droga.

Anistia Internacional:

A AI (Anistia Internacional) encaminhou nota à imprensa informando que vai cobrar do governo do Estado uma “investigação minuciosa, independente e célere da operação”.

Segundo a nota, relatos iniciais contestam a versão oficial da polícia e apontam indícios de execuções sumárias.

Ao longo dos últimos meses, a Anistia afirmou ter recebido denúncias sobre supostas abordagens abusivas da Rondesp, com relatos de uso excessivo da força, desaparecimentos forçados e execuções sumárias. Um deles é o caso de Davi Fiúza, adolescente de 16 aos, que desapareceu no dia 24 de outubro de 2014, no bairro de São Cristóvão, em Salvador. O adolescente foi supostamente abordado por policiais militares da Rondesp e do Peto (Pelotão de Emprego Tático Operacional).

A AI pede ainda que as autoridades tomem todas as medidas necessárias para garantir a segurança imediata dos moradores e proteger testemunhas e os sobreviventes.





Fonte: Do R7

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