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Economia
Terça - 10 de Fevereiro de 2015 às 16:59

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Moritz Hager/World Ec
O Brasil demonstra apoio à iniciativa dos anfitriões turcos, que defendem medidas para alavancar o investimento em todo o grupo
O Brasil demonstra apoio à iniciativa dos anfitriões turcos, que defendem medidas para alavancar o investimento em todo o grupo

O Brasil pretende anunciar até abril uma nova estratégia para aumentar o investimento na economia. A promessa está sendo feita pela delegação brasileira nas reuniões fechadas do grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

A alta do investimento faz parte do receituário perseguido por Brasília para tentar reativar a demanda. Aos demais países, o Brasil tem explicado que a atual inflação alta faz parte do "custo" para reequilibrar a economia.

Durante as reuniões do G-20 em Istambul, o Brasil demonstra apoio à iniciativa dos anfitriões turcos, que defendem medidas para alavancar o investimento em todo o grupo. Entre os brasileiros, representantes do Banco Central afirmam que o País deverá anunciar em horizonte de dois meses uma iniciativa para tentar acelerar os volumes investidos na economia.

Não foram informados detalhes sobre o plano brasileiro, mas o G-20 discute o tema e outros países podem anunciar iniciativas semelhantes. Uma das propostas da Turquia é adotar uma meta de aumento do investimento para um período de três anos à frente para todos os países do grupo. A iniciativa, porém, encontra resistência entre alguns membros do G-20.

Na delegação brasileira, o discurso passa pela análise de que o "primeiro grande passo" para melhorar o investimento no País é o "reforço da confiança nas políticas públicas". Isso deverá ser conquistado com o trabalho feito atualmente pela equipe econômica para recolocar a dívida pública em trajetória de queda e levar a inflação de volta à meta no fim de 2016.

Reequilíbrio

Durante as reuniões, a comitiva brasileira diz que o País está executando um processo de reequilíbrio macroeconômico e de fortalecimento dos fundamentos. Nesse esforço estão as medidas fiscais e o aumento do juro. Às demais autoridades, o BC afirma que o custo inicial desse movimento é negativo, mas é um "preço a ser pago no curto prazo".

Sobre o cenário externo, o Brasil faz um diagnóstico cauteloso. A comitiva brasileira afirma que a diferença de passo entre o Banco Central Europeu e o Banco do Japão — que vêm relaxando a política monetária — e o Federal Reserve — que deve iniciar o aumento do juro nos próximos trimestres — pode gerar um saldo final positivo para os emergentes, mas poderá haver volatilidade no meio do caminho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo





Fonte: Agência Estado

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