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Cidades/Geral
Quinta - 12 de Março de 2015 às 09:48

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Mais de 68 mil pessoas aguardam por algum procedimento de saúde através do Sistema Único de Saúde (SUS) em Cuiabá. Desse total, a maior demanda é por consultas com especialistas e atinge 46.268 pacientes. Com relação à cirurgia, 9.355 usuários esperam por algum tipo de procedimento, além de haver 12.396 mil aguardando exames ambulatoriais. Os dados são da Central de Regulação do SUS da capital, que informou que os números ainda são reflexos da falta de profissionais na área de especialidades.

Em setembro de 2013 deu-se início a implantação do Sistema de Regulamentação (Sisreg) em Cuiabá, uma ferramenta que permitiria o levantamento preciso de quantas pessoas aguardam por atendimentos na fila do SUS, qual o tempo real de espera e quais as especialidades solicitadas. Porém, o sistema só foi finalizado em dezembro do ano passado. Desde então, a Central de Regulação do SUS iniciou a elaboração do primeiro laudo, que foi concluído e apresentado apenas agora. Dos especialistas mais requisitados, em primeiro lugar está o oftalmologista (11.410), seguido do cardiologista (4.414) e neurologista (2.950).

Além disso, existe quase três mil pessoas que solicitaram consulta com um neurologista, mas a espera do primeiro da fila já passa de um ano, uma vez que o atendimento foi solicitado no dia 7 de fevereiro de 2014. Operador de máquinas pesadas, Eduardo Caluso, 32, é um dos que aguardam para se consultar com o oftalmologista. Segundo ele, o pedido foi protocolado na Central de Regulação há pouco mais de 10 meses. “Eu estou tendo fortes dores de cabeça e cada vez mais constantes, tudo porque forço a vista para enxergar melhor. Me consultei com o clínico geral, que me encaminhou para o oftalmologista. Mas, pela demora, só Deus sabe quando conseguirei me consultar”.

Caluso conta ainda que na família existem outros casos de demandas de saúde que dependem do SUS e que foram solicitadas há quase um ano. “Minha mãe precisa fazer um ecocardiograma pois apresenta falha de batimentos do coração. O médico solicitou no dia 2 de abril do ano passado e até agora ela não conseguiu fazer o exame. Estamos fazendo uma cotinha na família para ver se conseguimos fazer particular, pois o caso dela é grave”. Ele acrescenta que amigos próximos já morreram por depender da saúde pública. “Infelizmente, quem é pobre nesse país esta destinado a morrer caso dependa do SUS”.





Fonte: A Gazeta

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