Composição da CPI da Copa expõe rixa entre deputados
A deputada estadual Janaína Riva (PSD) afirmou que o colega de Parlamento, Pery Taborelli (PV), tornou uma questão pessoal a discussão sobre a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar as obras de mobilidade urbana em Cuiabá e, por isso, ele teria se posicionado contrário à participação da parlamentar no grupo.
Para Janaína, Taborelli acredita que sua família estaria, de alguma forma, ajudando Valdir Barranco (PT), com quem Taborelli ainda disputa judicialmente a vaga na Assembleia Legislativa.
Janaína e Barranco têm em comum o fato de dispor dos serviços do advogado Rodrigo Cyrineu.
"Fiquei chateada, uma vez que o Taborelli está pessoalizando essa discussão da composição da CPI. Ele não pode querer fazer da CPI do VLT uma revanche com relação ao meu pai" “Fiquei chateada, uma vez que o Taborelli está pessoalizando essa discussão da composição da CPI. Ele não pode querer fazer da CPI do VLT uma revanche com relação ao meu pai”, afirmou ela, se referindo ao ex-presidente da Assembleia, José Riva (PSD).
“Me informei melhor e descobri que o ‘ponto da discórdia’ é que ele acha que, pelo fato de eu e o Barranco termos o mesmo advogado, nós estaríamos ajudando o Barranco a conseguir uma vaga aqui na Casa”, disse a deputada.
Segundo ela, Taborelli está prejudicando a discussão em torno da CPI do VL,T por conta da “instabilidade” que ele vive.
“Ele achar que isso é responsabilidade do meu pai é demais. Inclusive, disse a ele que, se meu pai tivesse algum trânsito na Justiça, como ele acredita, meu pai não estaria passando pela situação que está passando”, completou ela.
Riva está preso por decisão judicial, acusado de integrar um suposto esquema de desvio de dinheiro do Legislativo.
Fora da investigação
Durante a sessão noturna da última quarta-feira (12), a deputado Taborelli disse que abriria mão de compor a CPI.
Segundo Janaína, a decisão ocorreu porque alguns parlamentares, além do próprio, teriam colocado em xeque a participação dela nos trabalhos de investigação.
“Eu já tinha falado que, se fosse para atrapalhar, eu não queria participar; se fosse para causar indisposição, eu preferia estar fora. Por isso, tomei essa decisão”, afirmou ela.
A deputada comentou que, no início, os colegas haviam concordado que ela compusesse a CPI, mas, depois, o próprio líder do PSD na AL, o deputado Gilmar Fabris, também pediu seu afastamento da CPI.
“Não acho que eu iria atrapalhar a investigação, mesmo porque eu não ocuparia a função de presidente ou relator. Mas, se eles acharam que eu tinha essa força toda, agora esse pretexto eles não têm mais. Para que a CPI não fosse prejudicada, eu preferi abrir mão da minha participação”, disse a pessedista.
Após toda a polêmica, o deputado Taborelli, que pretendia ocupar a relatoria da comissão, também optou por desistir da CPI.
Até o momento, foi definido que o deputado Oscar Bezerra (PSB) ficará na presidência da CPI, enquanto a relatoria ficará com o deputado Maro Savi (PR).
O peemedebista Silvano Amaral é um dos membros da comissão, e os demais ainda serão definidos.
Outro Lado
A reportagem tentou contato com o deputado Pery Taborelli, mas as ligações para seu celular caíram na caixa de mensagem.
Até a edição desta matéria, ele não retornara as ligações.
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