Justiça argentina aceita perícia que rejeita tese de suicídio de Nisman Relatório independente foi integrado ao caso e será analisado por peritos oficiais
A Justiça da Argentina aceitou, nesta quinta-feira (12), o relatório forense que afirma que o promotor Alberto Nisman, morto no último dia 18 de janeiro, foi vítima de homicídio.
A morte de Nisman, até agora não esclarecida, ocorreu horas antes dele dar explicações no Congresso Nacional, sobre a denúncia feita contra a presidente da Argentina, entre outras pessoas ligadas ao governo, de que foi feito um acordo secreto com o Irã para acobertar os culpados pelo atentado à entidade judaica Amia, ocorrido em 1994, em Buenos Aires, que deixou 85 mortos.
Peritos contratados afirmam que Nisman estava ajoelhado quando recebeu tiro
O médico forense Daniel Salcedo, responsável por perícia independente, encomendada pela ex-mulher de Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, afirma que não houve suicídio. A perícia foi divulgada no último dia 5.
— Ratificamos a perícia em sua totalidade e ela foi incorporada oficialmente ao caso.
Em depoimento, modelo vinculada ao caso da morte de Alberto Nisman diz que não via o promotor desde 2014
A promotora do caso, Viviana Fein, afirmou que a perícia da família tem totais divergências com as oficiais. Segundo Salcedo, agora a perícia realizada por ele será verificada por peritos oficiais e uma junta forense de criminalistas e médicos legais para elucidar a questão. A promotoria determinará o prazo.
Como substituto de Nisman, o promotor Gerardo Pollicita assumiu o caso e manteve a denúncia, apresentando-a à Justiça. Argumentando que a acusção era inconsistente e considerando o crime inexistente, o juiz de priméria instância, Daniel Rafecas, rejeitou a denúncia. O promotor retomou a denúncia e, no último dia 4, apelou da decisão do juiz.
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