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Quinta - 19 de Março de 2015 às 10:56

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O chamado rolo compressor do governo Pedro Taques (PDT) cumpriu aquilo que se propôs desde o início das discussões sobre formação das Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa.


Conseguiu ficar com o comando de mais de 90% das 13 Comissões, inclusive da mais importante delas, a de Constituição, Justiça e de Redação (CCJR), que será presidida pelo democrata Dilmar Dal Bosco.

O anúncio da composição de cada Comissão foi feito direto a tribuna da Assembleia, na noite desta quarta-feira (18), pelo líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB).

Apesar da divulgação, tal relação de nomes só terá valor realmente depois que a Mesa Diretora fizer a leitura oficial, em plenário, da composição final de todas as Comissões, o que deve ocorrer na sessão matinal dessa quinta-feira (19). Entretanto ainda faltam nomes para preencher as vagas de suplentes em algumas comissões, o que também deve ser resolvido no ato da leitura oficial.

A CCJR, por ser a mais importante Comissão do Parlamento, vinha tendo sua presidência desejada por alguns deputados, como Zeca Viana (PDT) e José Carlos do Pátio (SD).

O curioso é que nem Viana, nem Pátio estavam na sessão ordinário noturna dessa quarta, o que tornou mais cômodo o anúncio feito por Wilson.

Nessa semana,ReporterMTjá havia adiantado a dificuldade que Zeca Viana teria, mesmo sendo presidente do partido do governador, para conseguir o comando da CCJR.

Ele e Pedro Taques já vêm tendo diferenças de relacionamento político desde o início do ano legislativo, quando Zeca se dispôs a disputar a presidência da Assembleia, mas Taques, a quem o deputado defendeu nos últimos seis anos, preferiu não arriscar e virou as costas para o parlamentar, resolvendo apoiar o atual presidente do legislativo, Guilherme Maluf (PSDB).

Não bastasse, Viana seguiu tecendo críticas pontuais à gestão de Pedro Taques e, por último, se indispôs também com o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques que, entre outras coisas, é primo do governador.

“Eu abri mão de disputar a presidência, tirei meu nome para apoiar o deputado Zeca”, admitiu Zé Carlos do Pátio.

Para o líder do governo, não houve “atropelo”, uma vez que a distribuição de nomes em todas as Comissões teria obedecido à formação dos dois blocos criados no Parlamento na semana passada.

O Chamado “blocão”, articulado por Wilson Santos a mando de Taques, ficou com 14 deputados, o que garantiu a esse grupo indicar três nomes para cada Comissão, que tem vaga para cinco parlamentares.

Com isso, o outro bloco que ficou com dez nomes, por ser minoria e podendo indicar somente dois nomes, foi “devorado” pela interferência direta do Palácio Paiaguás e acabou ficando com os cargos menos importantes das Comissões. O curioso é que Dilmar Dal Bosco é justamente o líder do "blocão".

Zeca Viana, por sua vez ainda pode integrar como titular, a CCJR. Mas para isso terá que definir com seu colega de partido, Dr. Leonardo, quem será o indicado do PDT para compor a mais importante comissão da Assembleia.





Fonte: ReporterMT

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