Renata Giraldi e Luana Lourenço Repórteres da Agência Brasil Brasília - O presidente do Egito, Mohamed Morsi, informou à presidenta Dilma Rousseff que uma série de assuntos internos e regionais o levou a cancelar a visita a Brasília, na próxima sexta-feira (28). Por intermédio de sua assessoria, Morsi se justificou com Dilma ao alegar a necessidade de cancelamento da visita devido às questões internas e do entorno regional. A decisão foi comunicada ontem (19), no final da tarde, à presidenta. O Egito e mais de 20 países não só da África, mas também do Oriente Médio, assim como da Europa enfrentam dias tensos devido à série de protestos contra o filme anti-Islã, produzido nos Estados Unidos. O filme satiriza o profeta Maomé e o islamismo. Na Líbia, em Benghazi, um ataque ao Consulado dos Estados Unidos matou o embaixador e mais três funcionários norte-americanos. Porém, na primeira semana de outubro, Morsi deverá se reunir com Dilma e mais todos os presidentes sul-americanos, na Cúpula América do Sul e Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru. O egípcio é considerado um líder na região por ter sido o primeiro presidente eleito, depois das pressões para retirar Hosni Mubarak, depois de mais de três décadas do poder. Econômica e politicamente, o Egito é uma referência para a África e os países muçulmanos. Recentemente, Morsi condenou o governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, país que faz fronteira com o Egito, pela forma como conduz a crise interna que dura 18 meses e matou mais de 20 mil pessoas. Ao assumir o governo, Morsi enviou para reserva líderes das Forças Armadas, que mantiveram o poder nos últimos 30 anos e retirou da obscuridade a Irmandade Muçulmana, grupo o qual faz parte. No entanto, os protestos no país ainda ocorrem e a Praça Tahir, no Cairo, mantém-se como referência para as manifestações. Edição: Talita Cavalcante
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