Educação está com verbas atrasadas nos programas federais Financiamento estudantil, o Pronatec dos cursos técnicos, as bolsas de pesquisas e até o Ciências Sem Fronteiras estão com repasses atrasados.
O Bom Dia Brasil tem mostrado também problemas nos programas que dependem de recursos federais para educação. O financiamento estudantil, o Pronatec dos cursos técnicos, as bolsas de pesquisas e até o Ciências Sem Fronteiras estão com repasses atrasados.
Tudo isso acabou ficando para o novo ministro da Educação resolver. Os problemas com o Fies foram uma marca do comando de Cid Gomes no ministério da Educação e continuam com estudantes ainda enfrentam dificuldades para se inscrever no site. Mas outros problemas, como o sucateamento das universidades federais, são mais antigos. O Ciência Sem Fronteiras está sendo avaliado, antes de ser lançamento do o próximo edital. A presidente Dilma avisou que não vai fazer uma escolha política para o cargo de ministro da Educação.
Um ministério que foi anunciado como prioridade do governo. Até agora está sobressaindo, mas de tanto problema. O Bom Dia Brasil vem mostrando há dois meses a dificuldade de acesso ao Fies. O financiamento estudantil para o ensino superior. O MEC anunciou a solução, mas muitos ainda estão como a estudante Renata Marins de Souza. “Já passei o dia entrando no site, atualizando a página e não consegui. Se eu não conseguir o Fies, provavelmente, eu não vou fazer o resto da faculdade, eu vou ter que parar de estudar”, afirma.
É aluno com problema, faculdade com problema. Elas administram os cursos do Pronatec, que deveriam ser financiados pelo governo. Mas o MEC, que anunciou o acerto de contas, até hoje está com o repasse atrasado.
“Eles pagaram para algumas instituições mês de outubro. E outras instituições estão em aberto outubro, novembro, dezembro. Janeiro, fevereiro e março não temos nem intenção de como vai ficar”, afirma Amábile Pácios, da Federação Nacional das Escolas Particulares.
As universidades públicas começaram o ano letivo com 30% a menos do orçamento previsto. Para elas o acerto começou a ser feito agora em março, só que desestruturou o caixa. Como a Universidade de Brasília tem várias. “O que nós fizemos foi usar em janeiro um pedaço do recurso de fevereiro e, especificamente, em fevereiro, nós usamos o que sobrou em fevereiro mais todo o recurso de março. Então nós estávamos usando o recurso do mês seguinte para pagar a conta de fevereiro”, diz o decano de Planejamento UnB César Augusto Silva.
As bolsas de estudo da Capes foram pagas com atraso. O edital pro programa Ciência Sem fronteiras, que oferece bolsas fora do país não tem nem previsão de sair. O ministro interino admite os problemas e o ritmo lento dos programas. Mas diz que são momentâneos, por conta do ajuste fiscal. “É natural que isso ocorra e que haja esse ajuste mas os programas do ministério da Educação estão todos preservados. Questões conjunturais questões momentâneas não afastam a decisão do governo da Pátria Educadora e de todos os programas. É só olharmos os números. Tem avanços e tem propostas ainda de crescimento este ano e nos próximos”, afirma o ministro interino da Educação Luiz Cláudio Costa.
O orçamento da União que vinha sendo usado também como uma das justificativas para os problemas, foi aprovado na terça-feira (17) pelo Congresso. Prevê mais de R$ 110 bilhões para educação. Só que esse dinheiro ainda não está garantido. Porque em um momento de dificuldade econômica, o que espera é que o governo segure uma parte dos recursos.
Além das dificuldades, ainda tem as promessas. A reforma do ensino médio, a valorização dos professores e a melhoria da qualidade da educação básica. Agora falta mesmo é a presidente Dilma definir quem vai tomar conta de tudo isso. O critério, ela disse, não será político.
“Eu vou escolher a pessoa boa para educação e não a pessoa desse, daquele ou de outro partido”, diz a presidente Dilma Rousseff.
Sobre o Fies, o ministro interino da Educação informou que o sistema está sim funcionando. Mas que se for necessário, o prazo de 30 de abril será prorrogado. Sobre a crise nas universidades federais, o ministro informou que terá uma reunião com os reitores no próximo dia 25. E quanto ao Pronatec, o MEC está colocando em dia o pagamento atrasado para as faculdades particulares.
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