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Cidades/Geral
Sábado - 21 de Março de 2015 às 11:28

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A falta de médicos fez com que as unidades de terapia intensiva (UTIs) pediátrica e neonatal do Hospital Santo Antônio, emSinop, a 503 km de Cuiabá, suspendessem o atendimento na região a partir desta sexta-feira (20). Sete pacientes continuam internados no hospital sem previsão de transferência, porém, nenhuma outra internação deverá ser feita. “Vamos atender apenas os que já estavam internados aqui porque não temos condições de receber mais nenhuma criança na UTI”, afirmou o médico André Vieira da Cruz.


Ele atua como o responsável pelas UTIs e é o único dos sete médicos que permaneceu no hospital após atraso salarial de 10 meses. Os outros profissionais pediram demissão nesse período e, segundo André Vieira, não há condições de continuar com o atendimento. Dos 10 leitos da UTI infantil, seis são credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo três vagas para neonatal e três para pediátrica. O médico informou que os seis leitos do SUS estão com pacientes.

“Está muito difícil transferir os pacientes porque o hospital é o único com UTI infantil na região. Por isso, vamos tentar continuar os tratamentos até que a última criança receba alta médica”, frisou o médico. Ao G1a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que na quarta-feira (18) foi feito o repasse no valor de R$ 3,5 milhões ao hospital referente ao atraso salarial do mês de setembro a dezembro.

Disse também que não há débito atual com a unidade e que os serviços terceirizados pelo governo no hospital são para os setores da UTI neonatal, adulto, obstetrícia, oncologia e clínica médica.

Contudo, André Vieira alega que o último salário foi pago no mês de maio de 2014. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM), Gabriel Felsky, declarou em entrevista que a situação no hospital é crítica e que encaminhou pedido de providências ao governo e ao Ministério Público Estadual (MPE), para que investigue o caso. “É uma situação muito ruim pela demanda que o hospital recebe e pela população que ficará sem atendimento”.





Fonte: G1 MT

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