Programa de Gugu vive tensão nos bastidores, e Record revê parcerias

Apesar das boas audiências obtidas com presos famosos, o programa de Gugu Liberato na Record vive tensão permanente desde que estreou, em fevereiro. O departamento de jornalismo continua intervindo na edição das entrevistas, a cúpula artística da emissora tem pressionado e acompanhado o programa de perto e demissões têm ocorrido todas as semanas. O modelo de parceria com produtoras independentes experimentado na atração está sendo questionado. Por causa de falhas técnicas, a emissora já desistiu de entregar o programa de Xuxa a uma produtora, a Conspiração, e deve tirar da GGP, de Gugu, a realização da próxima edição de A Fazenda.

Todos os dias, três altos executivos da Record se deslocam até a produtora de Gugu, em Alphaville, na Grande São Paulo, onde o programa é produzido, para supervisionar todos os detalhes da edição. O principal objetivo é ter controle total da atração e tentar evitar falhas constrangedoras como a que ocorreu a cantora Wanessa, no início do mês, que não ouviu o playback de sua música.

Ao vivo, o programa de Gugu tem apresentado problemas em quase todas as edições e vários profissionais pagaram pelos erros com seus empregos _o último deles foi um diretor de gravações externas.

Diretores da Record avaliam que o padrão de qualidade de Gugu não é o mesmo que o programa teria se fosse realizado pela emissora. As falhas levaram os principais executivos da rede a questionar se vale a pena insistir no modelo de parceria com produtoras independentes, como a GGP. O argumento é o de que os custos são menores, mas o problemas, muito maiores.

Na Record, crescem os defensores de que a próxima edição de A Fazenda seja realizada pela emissora, e não mais pela GGP de Gugu. Se mantiver a decisão de produzir A Fazenda em parceria, a Record deverá trocar a GGP pela Floresta, que realizou as últimas edições de The Ultimate Fighter para a Globo e de Tudo Pela Audiência para o Multishow.