Blairo Maggi é membro titular da CPI do HSBC no Senado Comissão irá avaliar irregularidades praticadas pelo banco, na abertura de contas irregulares no exterior
O senador Blairo Maggi (PR) será membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do CPI do HSBC, criada no Senado, nesta terça-feira (24).
O senador Paulo Rocha (PT) foi eleito para presidir a comissão, que terá como relator Ricardo Ferraço (PMDB).
A comissão terá como meta investigar contas de brasileiros na sede suíça do banco, após caso que ficou conhecido como “Swissleaks”.
De acordo com denúncia, no Brasil estimativas preliminares dão conta que mais de R$ 7 bilhões de 8 mil correntistas do país foram ocultados da Receita Federal.
O caso foi descoberto pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que encontrou nomes de políticos, empresários e até celebridades envolvidas.
“Aqueles que não têm lastro, aqueles que utilizaram de alguma forma recursos não contabilizados no País, receitas não declaradas à Receita Federal, e mesmo os que têm recursos fora do País e que foram adquiridos legalmente, terão que fazer as suas composições com a Receita Federal, e responder perante a legislação que aí está”, disse o senador mato-grossense.
Blairo lembrou que, há três anos, tentou abrir uma conta no HSBC de Miami e foi surpreendido com a informação de que não seria possível.
“Espero, sinceramente, que o nosso trabalho não seja em vão. E por que digo isso? Por que tentei abrir uma conta fora e eles foram bastante criteriosos comigo. Se os critérios que utilizaram - no meu caso - foram usados aos demais, tanto em contas da Suíça, como em outras fora do país, não deve haver problema nessas contas”, presumiu o parlamentar.
Com 11 membros e prazo de 180 dias para conclusão dos trabalhos, a CPI irá investigar correntistas brasileiros que possam ter cometido crime de evasão fiscal.
Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues confirmou que a lista de nomes envolvidos poderá ser divulgada.
Entre os requerimentos está o que prevê uma visita ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e às autoridades francesas que também investigam os supostos desvios, além de um encontro com Hervé Falciani, o especialista em informática que entregou às autoridades francesas a lista de milhares de pessoas que suspeitas de evadir impostos.
"Não vejo a menor dificuldade em divulgar a lista quando a CPI estiver com ela, mas é preciso distinguir quem declarou as contas dos que não o fizeram. Até por que, esses já estão enquadrados no crime de evasão de divisas. Só que devemos ir além e descobrir se as contas não encobriam crimes como o tráfico de drogas, armas e outros", comunicou.
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