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Internacional
Terça - 24 de Março de 2015 às 23:38

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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) treinou mais de 400 crianças para combater na Síria, informou nesta terça-feira (24) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Os jihadistas submetem as crianças, a quem chamam de 'filhotes dos leões do Califado", a intensivos treinamentos militares e religiosos nos territórios que controlam na Síria", diz a ONG com sede na Grã-Bretanha.

Vários vídeos difundidos nas redes sociais, em contas ligadas ao EI, mostram crianças carregando escopetas, disparando e rastejando no chão em treinamento de guerrilha.

Nas imagens, as crianças também são vistas estudando textos religiosos em torno de uma mesa redonda.

"Quando atingem a idade de 15 anos, esses meninos têm a opção de virar verdadeiros combatentes que recebem salário", indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"O EI tenta atrair as crianças com dinheiro e armas", acrescentou, explicando que as crianças não são obrigadas a lutar, mas é o que acabam fazendo já que não vão à escola, nem trabalham.

Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra menino participando de execução de dois homens que seriam do serviço secreto russo (Foto: Reprodução/ LiveLeaks/ Legionnaire77)Vídeo divulgado em janeiro pelo Estado Islâmico mostra menino participando de execução de dois homens que seriam do serviço secreto russo (Foto: Reprodução/ LiveLeaks/ Legionnaire77)

As crianças soldados são utilizadas em postos de controle ou para conseguir informações nas zonas não controladas pelo EI, já que passam despercebidas.

Outras crianças são recrutadas, no entanto, com objetivos mais violentos. Um vídeo de março mostrava, por exemplo, um menino de 12 anos disparando várias vezes em um refém.

Segundo Rahman, o EI já utilizou dez crianças como terroristas suicidas na Síria. "Trata-se de uma lavagem cerebral", afirmou o diretor da OSDH.

"O chocante é que não escondem que usam crianças, ao contrário, se orgulham disso", denuncia, por sua vez, Nadim Hury, diretor adjunto para o Oriente Médio da Human Rights Watch.





Fonte: Da AFP

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