Explosão na Assembleia foi causada por acidente, diz laudo Incêndio ocorreu no gabinete do deputado Gilmar Fabris e deixou três mortos e um ferido
A explosão que ocorreu no último dia 13, em um dos gabinetes da Assembleia Legislativa, foi causada pelo atrito entre o solvente e a máquina polidora - ambos utilizados por funcionários para a colocação de carpetes na sala.
O laudo pericial foi expedido pelo Instituto de Criminalística e aponta que o atrito resultou em faíscas, que, por sua vez, provocaram o fogo.
"A enceradeira tinha indícios de agentes ígneo provocando calor e faíscas, resultando na explosão", diz trecho do documento.
O laudo foi entregue, na última segunda-feira (23), ao delegado Antônio Esperândio, responsável pelas investigações.
Ele já havia adiantado que acreditava que o caso se tratava de um acidente.
O inquérito da Polícia Civil sobre o caso deve ser encerrado dentro de 15 dias.
Depoimentos
Na semana passada, o delegado ouviu os policiais militares que estavam de plantão na Assembleia Legislativa.
Eles relataram que estavam no saguão quando ouviram a explosão e depararam com um “clarão”, seguido de fogo.
Os militares afirmaram que, em seguida, correram dezenas de metros para socorrer os três feridos, sendo que um deles saiu correndo em chamas, em direção ao corredor.
“Um dos policiais chegou a apagar o incêndio com extintor”, explicou o delegado.
As vítimas Jonathan Bruno Paes, Wagner Nunes de Almeida e Luciano Henrique Perdiza foram levados ao Pronto-Socorro de Cuiabá em estado gravíssimo, com queimaduras de até terceiro grau, e morreram dias depois.
Luciano Rogério da Silva, o quarto ferido, já recebeu alta médica e ainda não foi ouvido pela Polícia Civil.
"Ainda temos que ouvir essa e outras testemunhas para concluirmos as investigações”, afirmou o delegado Esperândio.
O acidente
O serviço de aplicação de carpete era realizado no gabinete 114, reservado ao deputado Gilmar Fabris (PSD), localizado na ala nova da Assembleia, inaugurada em 2012.
Os funcionários da empresa contratada para o serviço faziam uso de materiais inflamáveis, como Thinner (solvente) e cola.
Segundo assessoria da AL, houve uma explosão no momento em que era feito o polimento do piso para receber o carpete.
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