Mesmo sem definição do PR, Wagner Ramos declara adesão à base governista
Enquanto o Partido da República (PR) não define se formaliza a sua adesão à base aliada ao Governo do Estado, o deputado estadual Wagner Ramos afirma que está do lado de Pedro Taques (PDT) mesmo que a sigla não esteja.
Ramos chegou a criticar a indecisão do partido durante o almoço entre o governador e os deputados estaduais, que aconteceu nesta quinta-feira (26), no Palácio Paiaguás.
"Já está passando da hora de formalizar a adesão, até porque o governador Pedro Taques vai precisar do Partido da República. Nós temos dois senadores, que são diretamente ligados à presidente Dilma Rousseff, aos ministros e também ao Congresso", disse.
O parlamentar já havia manifestado sua posição durante a semana, quando, na quarta-feira (25), ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para dizer que não iria aguardar a decisão do PR.
Durante o discurso, Wagner aproveitou para pedir que dois hospitais regionais fossem construídos na sua região, em Tangará da Serra e Juína. O deputado deixou a entender que este seria o “preço“ de sua adesão à base aliada.
Mais tarde, na quinta-feira, o deputado também declarou que está aprendendo com os erros de alguns de seus antecessores, que, ao fazer oposição ao governo, tiveram as emendas parlamentares bloqueadas.
"Já vi deputados aqui chorar sangue, ficar aguardando emenda parlamentar e não tiveram privilégio. Então com os erros dos outros, eu estou aprendendo. Eu não vou viver o mesmo problema que os outros deputados tiveram. Não estou dizendo que o governador Pedro Taques vai fazer isso".
Havia uma reunião do Partido da República marcada para esta semana, quando seria definida a adesão à base aliada ao governo. Contudo, nenhuma posição foi anunciada pelo PR até o momento. Enquanto isso, os parlamentares republicanos agem conforme seus próprios interesses.
AVAL DO GOVERNOO secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, disse na quinta-feira que está aguardando a entrada do Partido da República na base aliada, pois vê que há uma convergência de interesses.
"Eu vejo com muita simpatia e com muito otimismo, porque os deputados do PR já demonstraram, acima de tudo, que têm interesse não só por um governo melhor, mas por um estado de Mato Grosso melhor. Todos eles têm essa unidade de propósitos. As conversas, quando ocorrerem, serão de uma reciprocidade muito amistosa", disse.
Paulo Taques também revelou que os parlamentares republicanos frequentam a Casa Civil cotidianamente, mas até o momento não se posicionaram a respeito da aliança.
O chefe da Casa Civil afirmou que está de portas abertas e que o governo Taques aceitará o embarque até mesmo dos partidos de oposição, caso queiram discutir alianças. Entre estes, foi dado destaque ao deputado Baiano Filho (PMDB), que já teria iniciado as discussões.
"Vale para o PMDB e para o PSD também. Eu recebi 23 deputados e com todos eles eu tive uma conversa única, no sentido de que o governo quer ter parceria com os deputados. O deputado Baiano Filho disse que quer fazer parte da base, nós o estamos tratando como um deputado amigo, que tem unidade de propósitos com o governo", finalizou.
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