Seu Jorge fala sobre preconceito no início da carreira: "'Você é negro, pobre. É um completo sem juízo"

Seu Jorge é capa de comemoração de quatro anos da GQ. A revista vai às bancas neste mês e revela detalhes sobre seu novo disco Músicas para Churrasco Vol. II e retrata as várias facetas do artista que se arrisca em várias áreas, desde a música até atuações. 

Aos 44 anos, o cantor relembra alguns momentos do início de sua carreira e mostra como o preconceito foi presente nos primeiros anos como cantor.

— Quando disse que queria ser músico, me falaram: ‘Você está louco? Você é negro, pobre. É um completo sem juízo.

Apesar da fama, Seu Jorge admite não ser nem um pouco apegado aos holofotes. Segundo ele, sua prioridade é a família.

— Não tenho vício de celebridade. Não sou um cara que se exibe, que se mostra. Não estou em festas ou jantares. Não conheço as pessoas, não tenho tempo. Agora estou em São Paulo, daqui a pouco vou para Angola, depois vem a Austrália.

Morando nos Estados Unidos ou no Brasil, ele não deixa de reencontrar os amigos para "fazer uma música" e "comer uma comidinha".

— De vez em quando nos juntamos eu, Marisa Monte, Adriana Calcanhotto, Marcelo Yuka e Arnaldo Antunes para fazer uma música, saborear uma comidinha. Reunimos as crianças todas, é uma alegria. Tenho tempo para isso, não para bobagem.

Há dois anos, o cantor deixou o Brasil para ir morar em Los Angeles, nos Estados Unidos, com a família e, em 22 de julho, irá se apresentar no Hollywood Bowl em um espetáculo em homenagem ao centenário de Frank Sinatra. Seu Jorge irá interpretar canções de Tom Jobim na ocasião.

O próximo trabalho de Seu Jorge será nas telonas. O músico interpretará o pai de Pelé na produção americana Pelé – The Birth of a Legend, que contará a história do jogador brasileiro.