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Polícia Brasil
Sexta - 03 de Abril de 2015 às 13:56

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A doméstica Terezinha Maria de Jesus, de 40 anos, diz não ter dúvida de que foi um policial militar do Batalhão de Choque que matou seu filho, Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos. Em entrevista ao G1, ela afirma ainda que foi ameaçada pelo mesmo policial ao cobrar o crime.

O garoto foi baleado na porta de casa e morreu na hora no fim da tarde desta quinta-feira (2), no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga a autoria do disparo.

“Eu marquei a cara dele. Eu nunca vou esquecer o rosto do PM que acabou com a minha vida. Quando eu corri para falar com ele, ele apontou a arma para mim. Eu falei ‘pode me matar, você já acabou com a minha vida’”, contou.

Terezinha disse que estava sentada na sala de casa, assistindo televisão quando viu o filho ser morto. “Ele estava sentado no sofá comigo. Foi questão de segundos. Ele saiu e sentou no batente da porta. Teve um estrondo e, quando olhei, parte do crânio do meu filho estava na sala e ele caído lá embaixo morto”, relembrou.

Sonho de ser bombeiro
Revoltada e abalada, Terezinha, mãe de outros quatro filhos, repetiu reiteradas vezes o sonho de Eduardo: ser bombeiro.

“Tiraram o sonho do meu filho. Tiraram todas as chances dele. Eu fazia de tudo para ele ter um futuro bom. Aí vem a polícia e acaba com tudo”, lamentou. “Ele sempre falava que queria ser bombeiro. Ele estudava o dia inteiro, participava de projeto na escola, só tirava notas boas. Por que fizeram isso com meu filho?”, questionava sem parar.

Revolta na comunidade e homenagem
Um vídeo postado na internet (veja na reportagem abaixo) mostra moradores revoltados com PMs, chamados de "covardes" e "assassinos". Eduardo de Jesus Ferreira é a quarta vítima de confrontos entre polícia e criminosos em 24 horas.





Fonte: Do G1

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