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Sábado - 04 de Abril de 2015 às 08:54

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RIO — Com o uso de dois potentes radiotelescópios, pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México conseguiram captar, pela primeira vez, as transformações pelas quais as estrelas passam logo após o nascimento. O “bebê”, batizado como W75N(B)-VLA2, fica 4.250 anos-luz da Terra e foi descoberto em 1996 como uma protoestrela, mas, no ano passado, apresentava estrutura completamente diferente.


— A comparação é marcante — disse Carlos Carrasco-Gonzalez, pesquisador da universidade mexicana e líder do estudo que foi publicado nesta sexta-feira na revista “Science”.

Gonzales explica que, na primeira observação, a W75N(B)-VLA2 quase não tinha estruturas. O seu campo magnético não estava orientado para nenhuma direção e o material ionizado fluía da estrela na mesma velocidade em todas as direções. No ano passado, a situação era completamente diferente: seu campo magnético se alinhou com o de uma nuvem de gás e poeira que a cerca e o material ionizado fluía mais rapidamente pelos polos.

O material que flui da região equatorial desacelerou de forma substancial por causa de um disco de gás e poeira, em formato de rosca, que envolve a protoestrela. Daqui a algumas centenas de milhares de anos, dizem os pesquisadores, a W75N(B)-VLA2 vai se transformar em uma estrela com aproximadamente seis vezes a massa do nosso Sol.

— Nosso entendimento sobre o desenvolvimento de jovens estrelas maciças é muito menos completo que o nosso entendimento de como estrelas como o Sol se desenvolvem — disse Gabriele Surcis, do Joint Institute for VLBI, que também assina o estudo. — Será muito bom poder observar uma enquanto ela sofre as mudanças.





Fonte: O Globo

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