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Economia
Quarta - 19 de Setembro de 2012 às 07:34
Por: RENATA NEVES

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Apenas sete das 430 denúncias de crimes eleitorais recebidas até o dia 13 de setembro pela Polícia Federal (PF) deram origem a investigações, sendo uma delas referente a um(a) candidato(a) à prefeito(a) de Várzea Grande. As apurações representam somente 1,6% do total das denúncias. O baixo índice é resultado da pouca quantidade de informações fornecidas pelos denunciantes, o que dificulta a constatação do crime.

Segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Rui Ramos Ribeiro, a maioria das pessoas deixa de fornecer detalhes por receio de ser identificada. A preocupação, entretanto, é injustificada, já que a identidade do denunciante é mantida em sigilo.

“As pessoas não precisam ter medo. Não é necessário se identificar para fazer a denúncia, tampouco os denunciantes serão convocados para testemunhar contra o candidato investigado. Além disso, a Justiça Eleitoral não possui mecanismos para identificar a origem das denúncias”, esclareceu.

Delegado da Polícia Federal responsável por conduzir as questões referentes às eleições, Cristiano Nascimento reforçou a necessidade de se fornecer o máximo possível de informações para subsidiar as investigações.

Ao registrar a denúncia, o cidadão deve informar o endereço do local onde o fato está acontecendo, embasado com o máximo de detalhes e referências possível; o horário em que o crime ocorre; o nome do candidato envolvido e/ou de cabos eleitorais; e quaisquer outras informações que possam contribuir para o flagrante.

Segundo ele, os crimes mais comuns registrados até o momento tratam de realização de reuniões políticas onde são oferecidas comidas e bebidas e o candidato tenta se valer do evento para corromper o eleitor; uso da máquina pública, configurado por servidores que oferecem ou aceleram atendimentos em troca da promessa de voto a determinado candidato; e distribuição de vales-combustível, sendo esta última a menos difundida até o momento.

“Essa prática foi muito difundida em 2010, mas, por enquanto, temos poucos casos relatados, até porque, por questão lógica, a distribuição tende a ocorrer em datas mais próximas ao pleito. Este ainda é um momento intermediário, em que o candidato está tentando ganhar confiança do eleitorado”, relatou o delegado.

Em relação à investigação sobre suposta prática de crime por um(a) candidato(a) a prefeito(a) de Várzea Grande, Cristiano Nascimento não forneceu mais informações para não prejudicar o resultado dos trabalhos.

Balanço – Até a última segunda-feira (17), o TRE havia recebido 1.218 denúncias, sendo que 646 (53,03%) foram apresentadas na Ouvidoria, 557 (45,73%) via telefone e 15 (1,23%) pessoalmente. As demandas mais frequentes tratam de propaganda eleitoral irregular, entre elas, fixação de cavaletes de forma irregular nas vias públicas, carros de som estacionados ou com som muito alto, material impresso sem o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ligações de candidatos em telefones particulares, residências e comércios, placas com mais de 4 m², visitas de candidatos a órgãos públicos e propaganda em estabelecimentos comerciais.

O telefone do Serviço de Informações ao Eleitor e do disque-denúncia do TRE é o 0800-6478191. Os eleitores podem registrar suas denúncias da 7h30 às 19h em dias úteis e das 14h às 19h em feriados e finais de semana.




Fonte: DO DC

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