Golfinho resgatado em Peruíbe, SP, será solto após 70 dias em cativeiro

Um golfinho da espécie toninha, que foi encontrado em Peruíbe, no litoral de São Paulo, será solto, nesta terça-feira (7), após 70 dias de tratamento no Centro de Recepção e Triagem de Animais Marinhos (Cetas), unidade da Secretaria de Meio Ambiente de Guarujá, também no litoral do Estado.

A ação acontece na Ilha Queimada Pequena, que fica a cerca de 20 km da costa, próxima de onde o animal foi encontrado, e conta com o apoio do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMAR), Policia Ambiental, e do Instituto Chico Mendes de Itanhaém. A toninha será libertada na região em que foi encontrada pois há maior probabilidade de ela reencontrar membros de seu grupo familiar. Uma tartaruga verde, de 50 cm, que também estava em tratamento, será solta.

Segundo informações do Gremar, o animal chegou a unidade, foi alimentado por sonda e monitorado 24 horas por dia, pois tinha perdido a capacidade de nadar e flutuar. A recuperação foi lenta e difícil. O golfinho voltou a se alimentar, a nadar e a respirar sem qualquer tipo de problema.

O golfinho foi apelidado de “Pepê”, por ter sido encontrado em Peruíbe. A presença de uma toninha em cativeiro chamou a atenção de pesquisadores do Cetas/Gremar de outras regiões do Brasil, que desenvolveram estudos de bioacústica.

Além de Pepê, atualmente cerca de 20 animais estão sob os cuidados do Cetas/Gremar. Entre eles estão, fragatas, atobás, e tartarugas. Aqueles que conseguem se recuperar, mas não conseguem retornar à vida na natureza, são encaminhados a parques e zoológicos. Os animais que apresentam 100% de avaliação social, comportamental, status sanitário e capacidade física são soltos.

Os técnicos do Cetas orientam que as pessoas que acharem os animais nas praias ou áreas urbanas não devem se aproximar ou tocá-los. Eles podem morder, bicar e até transmitir doenças. É imprescindível que as pessoas, ao avistarem um bicho, acionem os guarda-vidas, a Polícia Ambiental ou a equipe do Gremar pelo telefone 3386-3110.