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Internacional
Sexta - 10 de Abril de 2015 às 21:41

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Suspeito de ligação com grupos do Estado Islâmico é preso durante operação policial contra jihadistas em Sabadell, na região da Catalunha, na Espanha (Foto: Quique García/AFP)Suspeito de ligação com grupos do Estado Islâmico é preso durante operação policial contra jihadistas em Sabadell, na região da Catalunha, na Espanha (Foto: Quique García/AFP)

A justiça espanhola decidiu nesta sexta-feira (10) decretar a prisão preventiva de oito dos 11 supostos "jihadistas" detidos em uma operação na quarta-feira, acusados de recrutamento de combatentes e de planejar sequestros e atentados na Espanha.

Os supostos jihadistas pertenciam a uma célula que teria enviado ao menos quatro jovens à Síria e ao Iraque. Três deles, um brasileiro e dois marroquinos, que foram detidos em dezembro passado, quando tentavam cruzar a fronteira entre a Bulgária e a Turquia.

Por outro lado, um juiz de menores ordenou o envio para um reformatório em regime fechado de um suspeito de de 17 anos, também detido durante o desmantelamento da célula jihadista.

O juiz decretou seis meses de reclusão para o rapaz acusado de "integrar organização terrorista de tipo jihadista", de acordo com o processo.

Todos eles, dez homens e uma mulher com idades entre 17 a 45 anos, foram detidos na operação realizada na quarta-feira em diversos municípios da Catalunha.

Segundo fontes da promotoria, trata-se de um grupo que conseguiu se radicalizar muito rapidamente.

Planos
"Tinham planejado sequestrar uma pessoa na Espanha, vesti-la com um macacão laranja, ao estilo do grupo Estado Islâmico, interrogá-la e degolá-la para exibir em vídeo publicamente", explicou uma fonte encarregada do caso.

Também planejavam o sequestro de um diretor de banco para obter dinheiro com o resgate para financiar suas operações.

"Era uma célula completa e estruturada que recrutava jovens e os radicalizava, enviava uma parte dos jovens para Síria e Iraque e havia se constituído em uma célula operacional com o desejo de atacar na Catalunha", afirmou em uma entrevista coletiva o secretário do Interior regional, Ramon Espadaler.

"Mas em nenhum momento a existência desta célula provocou situações de perigo porque esteve controlada a todo momento", completou Espadaler, que informou que a investigação foi iniciada há um ano.

Segundo a ata do processo, um dos detidos, o suposto chefe da célula, Antonio Saéz Martínez, conhecido como "Ali, o cabeleireiro", pretendia atacar uma livraria judia em Barcelona e outros objetivos como sinagogas e o parlamento catalão.

Segundo o juiz, no celular do chefe do grupo havia fotos com possíveis objetivos a serem atacados em Barcelona, como um hotel e um shopping.

Um outro detido, de ideologia neonazista, foi preso com granadas, armas de fogo, munição e mais de 30 facas, além de elementos necessários para elaborar artefatos explosivos.

As redes de captação de jovens dispostos a unir-se aos combatentes do EI na Síria e Iraque se transformaram em uma das prioridades das polícias europeias na luta contra o jihadismo.

No decorrer do ano, a polícia espanhola prendeu quase 40 supostos jihadistas.





Fonte: Da AFP

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