10 dicas de como conservar memórias da infância dos filhos Antes de sair guardando tudo, vale selecionar os objetos mais significativos e guardá-los de maneira adequada, evitando o desgaste natural pelo tempo
Tudo o que diz respeito a um filho tem significado especial para os pais. Muitas vezes, porém, a vontade de guardar as lembranças, que vão desde marcos importantes até situações mais corriqueiras da vida da criança, é maior do que o espaço disponível em casa. O acúmulo pode abrir brecha para alguns descuidos em relação à conservação de cada lembrancinha, fazendo com que algumas delas estraguem com mais facilidade.
O primeiro passo, portanto, é adotar uma postura criteriosa em relação ao que será guardado - e, mais importante, por quê o objeto em questão merece esse privilégio em relação aos demais. Não é necessário guardar absolutamente tudo o que faz parte do cotidiano da criança. A dica é praticar o desapego e estabelecer uma meta de quantas coisas podem, por ano, ir para as caixinhas de recordações.
Álbuns de fotografia: com o avanço da tecnologia, muitas pessoas perderam o hábito de revelar fotos. Mesmo usando celulares e câmeras digitais, vale fazer um esforço e têm mais significado e guarde em uma caixa com bolas de cedro.
Roupinhas: algumas têm um significado especial, como a de batismo e o primeiro conjuntinho do bebê. O ideal é guardar essas peças limpas e secas em sacos a vácuo, mas uma caixa com papel seda azul já evita o amarelamento do tempo.
Mechas do primeiro corte: para guardar uma mecha, a dica é escolher pacotinhos ou caixinhas plásticas transparentes. Assim, ninguém se descarta da lembrancinha por acaso. Só cuidado com elásticos, que podem derreter e estragar a mecha.
Primeiro cobertor: dá para guardar a “naninha” favorita dos pequenos ou juntar vários cobertores e fazer uma manta de retalhos especiais. Como é um tecido, o cobertor também deve estar limpo e seco antes de ser guardado.
Dentes de leite: esses são itens fáceis de guardar. Basta higienizar o dentinho, tirando qualquer vestígio de sangue, e guardar em uma caixinha.
Brinquedinhos: separe os favoritos das crianças ou aqueles que têm um significado especial em uma caixa apropriada. Só não caia na armadilha de sair guardando tudo o que vê pela frente!.
Álbuns de fotografia: com o avanço da tecnologia, muitas pessoas perderam o hábito de revelar fotos. Mesmo usando celulares e câmeras digitais, vale fazer um esforço e “eternizar” as memórias da infância dos filhos.
Primeira chupeta: guardar o acessório favorito do bebê também é uma recordação da maternidade. A chupeta precisa ser devidamente higienizada e colocada em um recipiente seco, para a borracha do bico não ficar danificada.
Primeiros sapatinhos: os bebês mal usam os sapatinhos nos primeiros meses de vida, mas é uma boa ideia guardá-los. Basta limpar e colocar em um saquinho fechado, à vácuo, para não mofar ou amarelar com o tempo.
Bichinho de pelúcia: toda criança tem o seu bicho predileto. Para preservar esse item, é fundamental lavar e secar muito bem, para então guardar dentro de um saco a vácuo.
“Minha orientação é transformar algumas recordações em um foto-livro. Não custa caro, mas é trabalhoso porque você tem que fotografar e digitalizar tudo. Então, você monta um livro com todas essas fotos, como a primeira nota dez da criança, o primeiro desenho, e por aí vai. O importante é não guardar o que você realmente não quer e não precisa. É legal porque a criança pode ler e mostrar esse livro para outras pessoas”, aconselha Ingrid Lisboa, da Home Organizer.
A grande vantagem de guardar e cuidar desses itens da infância é a possibilidade de reviver os momentos especiais, principalmente depois que os filhos crescem. A memória não consegue armazenar, com exatidão, todos os momentos vividos pela família. Por isso, rever uma fotografia ou um trabalho da escola é como viajar no tempo.
“Os pequenos também gostam de se reconhecer nas lembranças, rever fotos antigas e brinquedos. Isso porque eles também revivem uma situação que a memória não alcança, por isso que é tão legal”, acrescenta a consultora de organização Débora Monique, da OrganizUP.
As “obras de arte" da criança: separe as que têm mais significado e guarde em uma caixa com bolas de cedro
Eternizando momentos
As possibilidades são infinitas e vão muito além dos trabalhos escolares da criança. É possível guardar a pulseirinha da maternidade, a primeira roupinha, o cobertor e a pelúcia favoritos, uma mecha do primeiro corte de cabelo. Enfim, vale o que a imaginação mandar.
Mas atenção: não dá para simplesmente juntar tudo e colocar em uma caixa, no fundo do armário. Cada um desses itens tem um método de conservação específico, que precisa ser respeitado. As roupas brancas, por exemplo, amarelam com o tempo e ficam com aquele cheiro de “guardadas”, além do risco iminente de mofar. O papel de seda azul pode até retardar esse processo, mas não é completamente eficaz.
“O melhor é guardar roupas, bichinhos de pelúcia e cobertores em sacos de reduzir o volume. Basta lavar as peças e deixá-las bem seca, sem nenhum resquício de uso ou sobra de pele, e guardar nos sacos. Assim o tecido fica muito mais conservado, sem o risco de amarelar ou pegar um cheiro ruim. Esteticamente não é bonito, mas dá para pegar esse saco e colocar dentro de uma caixinha, se for o caso”, explica Ingrid Lisboa.
Coisas pequenas, como uma mecha de cabelo ou o primeiro dente, precisam ser colocadas em caixinhas transparentes, sempre à vista. Por descuido e falta de atenção, essas lembranças podem ser facilmente confundidas com algum envelope sem importância, por exemplo, indo parar no lixo de casa. Também é importante que essas caixinhas sejam feitas de plástico, para evitar o aparecimento de bichinhos atraídos por matéria orgânica.
Brinquedos
A dica de Ingrid para guardar documentos, desenhos e outros papéis é apostar em caixas cartonadas, com furinhos, que deixam o ar circular. Para evitar que o mofo e as traças estraguem as lembranças, basta colocar algumas bolas de cedro dentro das caixas.
“É uma madeira com um cheiro delicioso, mas péssimo para as traças e insetos. É o que há de mais seguro para papel. Nada de usar produtos industrializados, que viram água e podem acabar manchando os desenhos e documentos”, ressalta a especialista.
E os brinquedos? Dá para escolher poucos, quando a criança tem aos montes? Apesar de parecer difícil, é possível. Em vez de escolher os mais bonitos ou mais caros, é melhor ficar atento aos favoritos dos pequenos.
“Eu sempre pergunto para os meus filhos quais são os brinquedos que eles mais gostam. É que nós temos a tendência que guardar os mais bonitinhos, mas precisa ser o mais significativo para eles. É o que realmente importa, porque tem um valor afetivo para as crianças”, acredita Débora Monique.
Em vez de acumular ou simplesmente jogar fora, um caminho é doar os brinquedos que estão sobrando. Esse é um destino útil para eles, que farão a felicidade de outras crianças. Também é uma maneira de ensinar a importância do desapego desde cedo.
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