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Internacional
Terça - 14 de Abril de 2015 às 20:14

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O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, assegurou nesta terça-feira (14) que "acusações muito sérias" pesam contra Jason Rezaian, jornalista do jornal "Washington Post" correspondente em Teerã, detido há nove meses.

A justiça iraniana ainda não divulgou as acusações contra o jornalista.

"Trata-se de um assunto judicial", declarou o ministro em uma coletiva de imprensa conjunta em Madri com seu colega espanhol José Manuel García-Margallo, após afirmar que a justiça de seu país concedeu "medidas humanitárias, tais como permitir visitas de sua mãe" ao jornalista.

Os magistrados responsáveis pelo caso "acreditam que as acusações contra ele são muito sérias. Mas o assunto será tratado no sistema judicial e ele terá pleno acesso a seus advogados", declarou. "Haverá um julgamento", acrescentou antes de afirmar que "a justiça precisa trabalhar, sem que seja influenciada".

O "Washington Post" indicou que seu correspondente tem sofrido maus tratos e tem tido acesso limitado a seu advogado. Desde sua detenção em 22 de julho de 2014, ele foi "submetido a duros interrogatórios, a meses de isolamento em sua cela e a condições de vida difíceis que afetaram sua saúde", segundo o jornal.

Na segunda-feira, o jornal considerou como "absurdas" as informações da agência iraniana Fars, segundo as quais Jason Rezaian, detido desde julho de 2014, teria sido acusado de transmitir informações econômicas à CIA.

Nesta terça, Martin Baron, chefe de redação do Post, desmentiu as afirmações da advogada Leila Ahsan, que assegurou que poderia ver seu cliente "a qualquer hora".

Jason Rezaian "não teve uma única conversa mais profunda com Leila" Ahsan, explicou em um comunicado.





Fonte: Da AFP

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