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Internacional
Quarta - 15 de Abril de 2015 às 07:29

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O governo do Canadá anunciou hoje, (14), que pretende enviar militares à Ucrânia para treinar tropas. O objetivo é apoiar o país europeu na defesa contra o movimento rebelde alinhado com a Rússia e que, desde o ano passado, quer a separação da Ucrânia. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, em Ottawa, acompanhado pelo ministro da Defesa, Jason Kenney.


Os cerca de 200 soldados canadenses deverão integrar a missão de treinamento já existente, em que participam militares dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Segundo Kenney, a maioria dos soldados vai atuar em um centro de treinamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), localizado perto da fronteira com a Polônia, a 1,3 mil quilômetros da zona de confronto com os separatistas. As tropas ucranianas serão treinadas em tática individual e de unidade, estratégias e procedimentos policiais, detecção e neutralização de explosivos, segurança de vôo e logística.

A ação dos militares canadenses deve começar neste verão e continuar até março de 2016.

Segundo Kenney, o governo canadense contribuiu com quase US$ 600 milhões em empréstimos para estabilização econômica, ajuda humanitária, retorno de deslocados e assistência para o desenvolvimento na Ucrânia.

Com o envio de tropas, o Canadá reforça o posicionamento contra a anexação da Crimeia pela Rússia, em março do ano passado, considerada pelo país norte-americano uma “agressão” e um “ato ilegal” por parte dos russos.

O Canadá já afirmou, inclusive, que “nunca reconhecerá a anexação ilegal da Crimeia e continua a exortar o regime defendido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, a pôr fim em sua campanha de desestabilização, a se retirar inteiramente da Ucrânia e a respeitar sua soberania e sua integridade territorial”, declarou, em nota oficial, o ministro de Relações Exteriores canadense, Rob Nicholson, em março, quando se completou um ano do referendo em que ucranianos da Crimeia reconheceram a anexação da península Sul da Ucrânia à Rússia.

O conflito entre ucranianos e separatistas começou em fevereiro do ano passado, depois que as manifestações populares por um acordo econômico do país com a União Européia levaram à destituição do então presidente Viktor Yanukovitch, aliado russo. A Rússia se opunha à aproximação da ex-república soviética à União Europeia. A crise entre ucranianos e separatistas pró-Rússia culminou com a anexação da Crimeia pela Rússia, referendada no mês seguinte por 97% dos moradores da região. Entretanto, outros movimentos separatistas surgiram na fronteira leste ucraniana e a guerra já provocou mais de 6 mil mortes. Um cessar-fogo foi acordado em fevereiro deste ano.





Fonte: Agência Brasil

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