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Internacional
Quinta - 16 de Abril de 2015 às 10:12

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As agressões de caráter antissemítico aumentaram em todo o mundo em 2014, e o maior número de incidentes ocorreu na França, de acordo com um estudo anual publicado em Israel nesta quarta-feira.


O relatório, elaborado pelo Centro para o Estudo do Judaísmo Europeu Contemporâneo da Universidade de Tel Aviv, afirmou que 766 ataques antissemíticos violentos, com ou sem armas, foram realizados ao redor do mundo no ano passado, um aumento de 38% em relação a 2013.

Incêndios criminosos, vandalismo e ameaças diretas contra judeus, sinagogas e outras instituições judias estão incluídos na cifra, o que tornou 2014 o pior ano de agressões deste tipo desde 2009.

“O sentimento geral entre muitos judeus é o de viver em um ambiente anti-judeu cada vez mais intenso, que se tornou não somente insultante e ameaçador, mas claramente perigoso”, declarou o estudo, citando “relatos alarmantes, especialmente do oeste europeu e da América do Norte”.

'Fenômeno quase diário'
A revolta no oeste da Europa com a ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza em julho e agosto últimos, assim como caricaturas anti-judias na mídia e nas redes sociais, ajudaram a transformar o antissemitismo em “um fenômeno quase diário visto e sentido em cada aspecto da vida”, argumentou o relatório.

Na França, o número de ataques antissemíticos subiu de 141 em 2013 para 164 em 2014. Em janeiro deste ano, quatro reféns foram mortos em uma supermercado kosher de Paris, e militantes islâmicos cometeram um massacre na redação do semanário satírico "Charlie Hebdo".

A Grã-Bretanha registrou 141 incidentes violentos contra judeus em 2014, sendo que no ano anterior foram 95. O número de atos antissemíticos na Alemanha e na Itália mais que dobrou, chegando a 76 e 23 respectivamente.

No oeste europeu em particular “o tema não é só uma questão de os respectivos Estados proporcionarem mais meios de segurança, mas sim a capacidade de viver uma vida judia plena... especialmente com policiamento ostensivo e até proteção do Exército”, diz o estudo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alimentou a polêmica em fevereiro, quando estimulou uma “emigração em massa” de judeus europeus a Israel na esteira de um tiroteio mortal em uma sinagoga da Dinamarca.

Pela Lei do Retorno de Israel, qualquer um que tenha pelo menos um avô judeu tem direito de imigrar para Israel e, uma vez ali, receber a cidadania israelense automaticamente.





Fonte: Reuters

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