Israel interrompe atividades para recordar vítimas do Holocausto Carros, bondes, ônibus e pedestres ficaram imóveis por dois minutos.
Os israelenses interromperam suas atividades por dois minutos nesta quinta-feira (16) para prestar uma homenagem, em um tributo silencioso, às seis milhões de vítimas judaicas do nazismo, no Dia do Holocausto.
Às 10h (4h de Brasília), carros, o bonde de Jerusalém, ônibus e pedestres ficaram imóveis por 120 segundos para participar na homenagem coletiva.
Emissoras de rádio e canais de televisão, que exibiam desde quarta-feira depoimentos, documentários e filmes sobre o genocídio, interromperam a programação por dois minutos.
Este ano, as cerimônias destacam o 70º aniversário da libertação dos campos de concentração e da "volta à vida" após a deportação.
Quase 190 mil pessoas que conseguiram sobreviver ao horror nazista vivem atualmente em Israel, segundo a Fundação para o Bem-Estar dos Sobreviventes da Shoah (como se conhece o Holocausto) em Israel. Apesar das ajudas governamentais, quase 25% deles vivem no limite da pobreza.
Na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estabeleceu, como fez em anos anteriores, um paralelo entre o Holocausto e a ameaça para a existência de Israel representada pelo Irã.
"Assim como os nazistas tentaram esmagar a civilização para fazer reinar na Terra uma raça superior, ao querer erradicar o povo judeu, o Irã também pretende assumir o controle da região, apagar e anular o povo judeu", declarou.
Israel é o maior crítico do acordo preliminar entre as grandes potências e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã, que segundo o governo israelense tem por principal objetivo ameaçar a existência do Estado hebreu.
Durante a cerimônia em Yad Vashem, o monumento que recorda a Shoah, o presidente israelense Reuven Rivlin afirmou que é "um error considerar que o Estado de Israel existe como compensação pelo Holocausto".
"Nós viemos de Auschwitz, não por causa de Auschwitz", afirmou.
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