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Nacional
Quinta - 23 de Abril de 2015 às 08:51

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Terminou sem acordo a terceira reunião entre representantes do governo federal e dos caminhoneiros para tentar estabelecer o preço mínimo do frete, na tarde desta quarta-feira (22/04), na sede da Agência Nacional de Transportes (ANTT), em Brasília. Os motoristas discutem, agora, retomar as greves pelo país.

No encontro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, propôs a construção uma tabela, porém apenas referencial, para o preço mínimo do frete. A proposta desagradou à categoria, que pedia a criação de uma tabela impositiva – ou seja, cujos valores passassem a ser adotados pelas empresas de transporte.

O deputado Adilton Sachetti (PSB-MT) classificou a proposta do governo como “insensível”. “Não vi hoje avanço nenhum da parte do governo, que não se dispôs a fazer a tabela do preço mínimo e também não trouxe nenhuma outra proposta que ajudasse os caminhoneiros”, disse o parlamentar.

Para Sachetti, o governo precisa travar uma discussão ampla com a categoria. “Os caminhoneiros tinham uma expectativa. Agora, o governo vai ter que buscar uma solução que envolva uma política pública de médio ou longo prazo para tentar resolver a situação deles”, acrescentou o deputado.

Rossetto alegou, na reunião, que a criação de uma tabela impositiva seria inviável devido a questões de “legalidade” e “aplicabilidade”. Ao ouvir a proposta do ministro, alguns motoristas se levantaram das cadeiras e rasgaram um documento de cinco folhas entregue pelo governo aos presentes, que trazia um histórico das negociações com o setor.

Em seguida, os caminhoneiros deixaram o auditório da ANTT aos gritos de “o Brasil vai parar” e “caminhoneiros, unidos, jamais serão vencidos”. Para o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Cargas (ATC) de Mato Grosso, Miguel Mendes, o argumento de inconstitucionalidade do preço mínimo é falho, uma vez que já existem produtos, como o cigarro, que usam tabela similar.

“Nossa expectativa era por uma tabela, nem que ela valesse por um ano. Isso só até o setor pelo menos atingir uma estabilidade para cobrir custos operacionais”, assinalou Mendes. Em Mato Grosso, já há diversos pontos de mobilização dos motoristas, que podem retomar as paralisações. “Vamos nos reunir e debater se voltaremos com a greve”, afirmou o diretor da ATC. “Não era o que queríamos, mas o governo não nos deixou outra opção”.





Fonte: Da Assessoria

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