PF detém 9; empresa fraudou pregões em Cuiabá e Sapezal
A Polícia Federal confirmou que já cumpriu os 17 mandados expedidos na "Operação Caronte", deflagrada nesta sexta-feira. Foram três mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva e outros oito de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá e Sapezal. De acordo com o Claudenir Brito, representante da Controladoria Geral da União, a empresa investigada estava inativa desde a década de 80 e retomou as atividades no ano passado, inclusive participando e vencendo licitações milionários. Todavia, os documentos, certidões e atestados apresentados pela empreiteira durante os certames eram fraudados e falsificados. “Identificamos que a empresa não tinha registro ativo na Junta Comercial, de funcionários e também não recolhia as taxas do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura)”, declarou. A construtora venceu duas licitações em Cuiabá e Sapezal. Na capital, a empresa venceu licitação para revitalização de praças. O contrato é de cerca de R$ 1,6 milhão. Já na cidade do interior, a empresa executaria uma obra de R$ 5,2 milhões para obras de saneamento básico do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “É importante destacar que as obras não começaram a ser executadas. Então, foi uma ação preventiva que evitou prejuízos ao erário público”, disse o delegado federal Marco Aurélio Fávare. O delegado colocou ainda que as investigações ainda não identificaram o envolvimento de servidores públicos nas fraudes. “Com base nas provas que temos, não é possível afirmar se houve direcionamento de licitações ou favorecimento a empresa”, afirmou. O delegado explicou que os envolvidos nas fraudes responderão pelos crimes de fraude em licitações, formação de quadrilha, uso de documentos falsos e estelionato. Os nomes dos envolvidos está sob sigilo para não atrapalhar as investigações.
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