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Advogado brasiliense é investigado por falsificação de documento, garante PF
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Inicialmente, a Polícia Federal se limitou a informar que a operação na casa do advogado brasiliense se tratava de uma investigação internacional
Horas após empregar um forte aparato policial para cumprir um mandado de busca e apreensão na casa onde o advogado brasiliense Marcelos Bulhões dos Santos mantém seu escritório, em Brasília, a Polícia Federal (PF) afirmou estar investigando a suspeita de que o advogado tenha ligações com um esquema de falsificação de documentos.
Inicialmente, a PF se limitou a informar que se tratava de uma investigação internacional. Segundo o procurador da Comissão de Prerrogativas da OAB-DF, Mauro Lustosa, nem o mandado judicial de busca e apreensão, nem o delegado responsável pela operação, mencionaram a possibilidade de Bulhões ter ligações com organizações terroristas.
“Em momento nenhum isso foi dito. Constava do mandado de busca e apreensão que se tratava de uma investigação de falsificação de documentos; que o advogado [Bulhões] poderia estar falsificando ou utilizando dados falsos de clientes ou de conhecidos”, disse Lustosa. Como a lei impede o cumprimento de mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia sem a presença de um segundo advogado, Lustosa foi convidado pela PF, na condição de representante da OAB.
Lembrando que a legislação brasileira não prevê o crime de terrorismo, Lustosa comentou que, se o caso envolver algo mais que a falsificação de documentos, virá à tona em um segundo momento. “Hoje, a única menção a terrorismo veio da imprensa. Cheguei a perguntar se havia alguma ligação religiosa, mas o delegado me disse tratar-se apenas da apreensão de documentos devido à suspeita de falsificação”. Membro da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-DF, Bulhões converteu-se à religião islâmica.
Segundo Lustosa, foram apreendidos documentos relacionados a clientes de Bulhões cujos nomes constavam de uma relação, mídias eletrônicas e computadores, além de aparelhos celulares. “A Polícia Federal tinha a relação exata do que era para ser aprendido”.
Como o inquérito tramita em segredo de Justiça, a PF não forneceu mais detalhes sobre o caso, mas garantiu que “os atos praticados pelo investigado não guardam relação direta com seu passado funcional ou com suas atividades como servidor comissionado”.
Bulhões foi servidor da própria PF, entre os anos de 2004 e janeiro de 2007, quando foi cedido para a Presidência da República. Até janeiro de 2008, ocupou a função de auxiliar do gabinete da Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Nesse período, ele também foi designado representante da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial no grupo de trabalho interministerial responsável por elaborar propostas de reorganização e reformulação do sistema prisional feminino. Foi ainda assistente técnico da Secretaria de Portos entre junho e setembro de 2010.
Em janeiro de 2011, Bulhões foi exonerado , a pedido, do cargo de Agente Administrativo da PF. A exoneração foi retroativa a 23 de dezembro de 2010.
Inicialmente, a PF se limitou a informar que se tratava de uma investigação internacional. Segundo o procurador da Comissão de Prerrogativas da OAB-DF, Mauro Lustosa, nem o mandado judicial de busca e apreensão, nem o delegado responsável pela operação, mencionaram a possibilidade de Bulhões ter ligações com organizações terroristas.
“Em momento nenhum isso foi dito. Constava do mandado de busca e apreensão que se tratava de uma investigação de falsificação de documentos; que o advogado [Bulhões] poderia estar falsificando ou utilizando dados falsos de clientes ou de conhecidos”, disse Lustosa. Como a lei impede o cumprimento de mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia sem a presença de um segundo advogado, Lustosa foi convidado pela PF, na condição de representante da OAB.
Lembrando que a legislação brasileira não prevê o crime de terrorismo, Lustosa comentou que, se o caso envolver algo mais que a falsificação de documentos, virá à tona em um segundo momento. “Hoje, a única menção a terrorismo veio da imprensa. Cheguei a perguntar se havia alguma ligação religiosa, mas o delegado me disse tratar-se apenas da apreensão de documentos devido à suspeita de falsificação”. Membro da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-DF, Bulhões converteu-se à religião islâmica.
Segundo Lustosa, foram apreendidos documentos relacionados a clientes de Bulhões cujos nomes constavam de uma relação, mídias eletrônicas e computadores, além de aparelhos celulares. “A Polícia Federal tinha a relação exata do que era para ser aprendido”.
Como o inquérito tramita em segredo de Justiça, a PF não forneceu mais detalhes sobre o caso, mas garantiu que “os atos praticados pelo investigado não guardam relação direta com seu passado funcional ou com suas atividades como servidor comissionado”.
Bulhões foi servidor da própria PF, entre os anos de 2004 e janeiro de 2007, quando foi cedido para a Presidência da República. Até janeiro de 2008, ocupou a função de auxiliar do gabinete da Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Nesse período, ele também foi designado representante da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial no grupo de trabalho interministerial responsável por elaborar propostas de reorganização e reformulação do sistema prisional feminino. Foi ainda assistente técnico da Secretaria de Portos entre junho e setembro de 2010.
Em janeiro de 2011, Bulhões foi exonerado , a pedido, do cargo de Agente Administrativo da PF. A exoneração foi retroativa a 23 de dezembro de 2010.
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/412038/visualizar/
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