"GOLPE DAS PANELAS"
Polícia abre inquérito contra quadrilha acusada de clonar cartões Oito pessoas procuraram a delegacia e denunciaram ter sofrido o golpe na Capital

O delegado José Carlos Damian, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, abriu inquérito para investigar uma suposta quadrilha acusada de clonar cartões de crédito a partir da venda de panelas falsificadas na Capital. 

O grupo criminoso já teria agido em outros estados, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Ceará e Pernambuco.

De acordo com Damian, de quarta até a tarde desta sexta-feira (24), oito pessoas que se dizem vítimas do golpe já registraram Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia.

Ao MidiaNews, o delegado disse que está aconselhando as vítimas que procuram a Polícia Civil para fazerem a denúncia a realizarem imediatamente o bloqueio do cartão.

“O bloqueio do cartão é a primeira ação que as pessoas devem fazer, ao descobrirem que foram vítimas dessa quadrilha, para que não sofram maiores prejuízos”, disse.

Damian recomendou ainda que as vítimas não deixem de registrar o Boletim de Ocorrência.

“Muitas vezes, as pessoas deixam de fazer a denúncia, por falta de tempo, mas é de extrema importância para que possamos ter indícios dos golpes”, disse.

O delegado afirmou que os suspeitos já podem ter fugido de Cuiabá.

O inquérito tem um prazo de 30 dias, a partir da data de abertura para ser encerrado.

O caso

O caso foi denunciado por um advogado que foi abordado por uma mulher, na saída do estacionamento do supermercado Big Lar, do Shopping Três Américas.

A suposta vendedora ofereceu a ele e a sua esposa as panelas falsificadas da marca Verona, que são usadas pelo chef de cozinha Edu Guedes, da TV Record, e que custam até R$ 1,4 mil.

Mesmo desconfiado, o advogado acabou comprando o produto no valor de R$ 250. Antes disso, porém, ele tirou fotos da mulher e das panelas.

Ao chegar em sua casa, o advogado descobriu que o produto era falsificado e que a mulher fazia parte de uma quadrilha, que já teria sido presa em Recife (PE), por aplicar o golpe na frente de um supermercado e que, ao vender as panelas falsificadas, aproveitavam para clonar os cartões das vítimas.

Na ocasião, os suspeitos, identificados como Pedro Michel, Paulo Henrique, Marília Cavalcante e Jordana Castilho, não ficaram presos porque não foram pegos em flagrante.