Justiça portuguesa condena inspetor do caso Madeleine por difamação Gonçalo Amaral publicou livro onde acusava pais por morte de menina. Madeleine desapareceu em maio de 2007 de quarto de hotel em Portugal.
Gonçalo Amaral posa ao lado de pôster com a capa de seu livro, ‘Maddie: The truth about the lie’ (‘Maddie: A verdade sobre a mentira’) em foto de 24 de julho de 2008, em Lisboa (Foto: AFP Photo/João Cortesão)
O ex-inspetor da polícia portuguesa, encarregado da investigação para esclarecer o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, foi condenado a pagar 500 mil euros (US$ 548 mil) aos pais da menina por difamação, segundo sentença proferida nesta terça-feira (28).
Gonçalo Amaral "foi condenado a pagar a cada um" dos pais "uma indenização compensatória de 250 mil", avaliou uma corte civil de Lisboa na segunda-feira.
Kate e Gerry McCann processaram o então encarregado do caso por ter publicado, em 2008, um livro intitulado "Maddie, a investigação proibida", na qual acusou o casal de ter ocultado o cadáver da filha, após a morte acidental da menor.
O tribunal condenou Amaral e seus editores a retirar os exemplares em circulação e proibiram qualquer reedição do livro, bem como a difusão de um documentário baseado nesta tese.
A família pedia uma indenização de 1,2 milhão de euros por danos e dizia, ainda, que a publicação deste livro teria prejudicado a investigação.
Maddie desapareceu em 3 de maio de 2007 no quarto de um hotel no balneário da Praia da Luz, no sudeste de Portugal, onde a família passava férias.
Após 14 meses de investigação, marcadas especialmente pelas acusações feitas contra os pais e a destituição de Amaral, a polícia portuguesa encerrou o caso em 2008, embora o tenha reaberto cinco anos depois.
O casal continua afirmando que a filha foi sequestrada e que poderia ainda estar com vida.
Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, falam à imprensa após audiência de processo contra Gonçalo Amaral, em 8 de julho de 2014, em Lisboa (Foto: AFP Photo/Patricia de Melo Moreira)
Comentários