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Nacional
Sábado - 02 de Maio de 2015 às 07:31

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Um mês após o assassinato do músico Dan Nunes, de 25 anos, em Santos, no litoral de São Paulo, o principal suspeito pelo crime, Thiago Batista de Barros, de 30 anos, segue foragido. A família e os amigos do cantor da banda Tr3vo não se conformam com a impunidade e esperam que a justiça seja feita com a prisão do autor do crime.


O jovem foi morto no dia 30 de março com um tiro nas costas, após realizar um show em um bar da cidade. A prisão temporária do suspeito de ter feito o disparo já foi pedida à Justiça. OMinistério Público (MP) também o denunciou pelo homicídio. De acordo com o promotor Marcos Neri de Almeida, o crime foi torpe, por causar repulsa social, e caracterizado pelo fator surpresa, por dificultar a defesa da vítima. Segundo a polícia, a morte do músico foi motivada por ciúmes, porque Dan Nunes teria se relacionado com a ex-mulher de Thiago Barros.

Os pais do músico estão indignados e não escondem o sentimento de frustração pela liberdade do suspeito. “Na verdade, a gente está esperando por justiça. Nada vai trazer o Dan de volta, mas não entendemos o que está sendo feito. Nós esperamos que ele seja preso o mais rápido possível. Estamos angustiados”, explica Silvio Aquino, pai do cantor.

A mãe do jovem, Rosângela Nunes, também espera que Thiago seja detido e que a justiça seja feita. “Estou vivendo um pesadelo. Às vezes me pego perguntando se realmente isso aconteceu. Muitas vezes, fico aguardando o meu filho chegar, naquela expectativa. Nós pedimos justiça, para que outras famílias não sofram o mesmo que a nossa. Como mãe, estou me arrastando e pedindo forças para dar continuidade à vida", diz.

Rosângela pede que a população ajude a polícia a localizar o suspeito. "Apelamos à sociedade e às pessoas para que, caso o vejam ou saibam onde ele está, denunciem e nos façam crer e entender que ainda existe justiça neste país”, enfatiza.



Os amigos e também integrantes da Tr3vo esperam igualmente que o suspeito seja detido. Dahui, que canta e toca violão na banda, lembra que a amizade entre eles ia além da música. Ele pede às pessoas que acompanham o caso para que não tenham medo de denunciar e passar informações que levem a polícia ao paradeiro do criminoso. “Foi um crime covarde, sabemos das histórias e de tudo que aconteceu. O Thiago buscava uma oportunidade para fazer o que fez, e infelizmente a encontrou”, conclui.

Defesa
O advogado de defesa de Tiago Batista de Barros, Alex Ochsendorf, já acreditava em uma ação do MP e disse que tentará um habeas corpus para o seu cliente. “O Ministério Público pretende denunciá-lo por homicídio qualificado, mas a defesa espera que ele seja acusado de homicídio privilegiado. Cabe responder em liberdade, já que ele agiu sob o domínio de violenta emoção. Com isso, não tem possibilidade de ser homicído qualificado. Existe esse fator de dimuição da pena”, comenta o defensor, que aconselhou o suspeito a ainda não se apresentar à polícia.





Fonte: G1

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